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Desemprego sobe para 6,8% no trimestre até fevereiro

Mesmo com a elevação da taxa de desocupação, os indicadores de renda e emprego formal apresentaram resultados positivos

Fonte: Da redação

A taxa de desocupação no Brasil subiu para 6,8% no trimestre encerrado em fevereiro de 2025, conforme dados divulgados nesta sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou dentro das expectativas do mercado financeiro, cuja mediana das projeções apontava para exatamente esse patamar — em uma faixa entre 6,6% e 7,0%, segundo levantamento do Projeções Broadcast.

Apesar da alta em relação ao trimestre encerrado em janeiro, quando o desemprego era de 6,5%, o índice ainda mostra melhora frente ao mesmo período de 2024, quando estava em 7,8%. Segundo o IBGE, o aumento da desocupação segue um padrão sazonal. “Esta alta segue o padrão da Pnad Contínua, com a tendência de expansão da busca por trabalho nos primeiros meses do ano”, explicou Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do instituto.

O número de desempregados atingiu 7,5 milhões de pessoas, um avanço de 10,4% frente ao trimestre anterior. No entanto, esse contingente é 12,5% menor que o observado no mesmo período do ano passado, sinalizando uma melhora consistente no comparativo anual.

Mesmo com a elevação da taxa de desocupação, os indicadores de renda e emprego formal apresentaram resultados positivos. O rendimento médio real habitual dos trabalhadores atingiu R$ 3.378 — o maior valor da série histórica iniciada em 2012. Já o número de trabalhadores com carteira assinada chegou a 39,6 milhões, também um recorde.

A massa de renda real habitual dos ocupados totalizou R$ 342 bilhões no trimestre encerrado em fevereiro, o que representa uma alta de 6,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. O crescimento reflete, segundo o IBGE, não apenas a recuperação do mercado de trabalho formal, mas também os reajustes salariais em diversos setores.

Os dados reforçam o cenário de recuperação gradual do mercado de trabalho brasileiro, ainda que com oscilações típicas do início do ano. Para os próximos trimestres, a expectativa é de estabilização da taxa de desemprego e continuidade no avanço da renda real, caso a atividade econômica mantenha o ritmo de crescimento.

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