Publicidade
Carregando anúncio...

Concessionárias são condenadas por calçadas irregulares em São Luís

A determinação também se estende ao terreno vizinho, sem edificação, pertencente aos mesmos responsáveis.

Fonte: Redação / Assessoria

As concessionárias Saga Peugeot e Citroën Saga, localizadas em São Luís (MA), foram condenadas pela Justiça a corrigirem suas calçadas e rampas de acesso, que estavam fora dos padrões mínimos de acessibilidade. A sentença ainda inclui o terreno sem construção localizado ao lado dos empreendimentos e determina o pagamento de indenização de R$ 20 mil por danos morais coletivos.

A decisão é do juiz Douglas de Melo Martins, da Vara de Interesses Difusos e Coletivos, e atende a uma Ação Popular ajuizada pelo cidadão Isaac Newton Sousa Silva, com apoio do próprio Município de São Luís. A base do processo foi um laudo técnico da Secretaria Municipal de Urbanismo e Habitação (Semurh), que identificou diversos problemas nas calçadas.

Entre as falhas apontadas estão:

– Ausência de piso tátil para pessoas com deficiência visual;

– Largura inferior a 1,20 metro, dificultando a circulação de cadeirantes;

– Batentes desnivelados, que impedem o acesso a imóveis vizinhos;

– Falta de sinalização para entrada e saída de veículos nos estacionamentos;

– Calçadas sem estrutura adequada, o que compromete a segurança dos pedestres.

Apesar de as empresas terem alegado já ter feito as reformas exigidas, nenhuma prova foi apresentada ao longo do processo. O juiz concluiu que os imóveis continuam em desacordo com as normas da ABNT (NBR 9050 e NBR 16537), que definem os padrões de acessibilidade para espaços urbanos e edificações.

Além das obras de adequação, que devem ser realizadas em até 30 dias, o valor da indenização será direcionado ao Fundo Estadual de Direitos Difusos, que apoia projetos voltados à promoção de direitos coletivos.

O juiz foi claro ao destacar o impacto social da negligência:

“A conduta dos réus comprometeu a acessibilidade e a segurança de pedestres — sobretudo dos mais vulneráveis, como idosos, crianças e pessoas com deficiência — que são obrigados a dividir espaço com carros por causa da má qualidade das calçadas.”

Com a decisão, as concessionárias precisarão se adaptar às exigências legais para garantir que todos os cidadãos possam circular com segurança e dignidade pelo espaço urbano.

Fechar