Entre as pessoas mais ricas do mundo, Warren Buffett está entre os poucos cuja fortuna pessoal cresceu neste ano, após as tarifas do presidente Donald Trump desencadearem uma liquidação que apagou trilhões de dólares do valor das ações globais em pouco tempo.
O patrimônio líquido de Buffett aumentou US$ 11,5 bilhões neste ano, chegando a US$ 153,5 bilhões, segundo o Índice de Bilionários da Bloomberg. Isso apesar de uma queda de US$ 14,5 bilhões desde 2 de abril, quando o patrimônio do investidor de Omaha, Nebraska, atingiu seu nível mais alto em cinco anos.
Buffett, de 94 anos, é agora a quarta pessoa mais rica do mundo. Nessa lista privilegiada dos 20 maiores titãs do capitalismo, apenas ele e outra pessoa aumentaram sua riqueza neste ano. A outra é Françoise Bettencourt Meyers, herdeira da gigante francesa de cosméticos L’Oréal, que ganhou US$ 1,8 bilhão e ocupa a 19ª posição no ranking da Bloomberg.
As 500 pessoas mais ricas do mundo perderam mais de US$ 500 bilhões nas duas sessões de negociação nas bolsas que se seguiram ao anúncio de Trump.
Elon Musk, que continua sendo a pessoa mais rica do mundo, mas perdeu US$ 134,7 bilhões até agora neste ano. Sua fortuna caiu para US$ 297,8 bilhões nesta segunda-feira, marcando a primeira vez que seu patrimônio líquido caiu abaixo dos US$ 300 bilhões desde novembro.
As ações da Berkshire Hathaway, empresa de investimentos de Buffett, caíram 8,8% desde 2 de abril, em comparação com uma queda de 10,7% do S&P 500, o índice que reúne as 500 maiores companhias americanas de capital aberto.
O desempenho relativamente forte do conglomerado reflete como o setor de seguros patrimoniais e contra acidentes permanece relativamente isolado do comércio global. É provável também que alguns investidores antecipem que Buffett aproveitará a turbulência para fazer uma grande aquisição.
Nos trimestres recentes, ele evitou grandes negócios, preferindo reduzir sua participação na Apple e diminuir sua posição no Bank of America., duas empresas cujas ações caíram dois dígitos desde o anúncio de Trump e das quais ele saiu antes da desvalorização dos papéis.