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Tecnologia maranhense transforma cuidado bucal de PCDs

A inovação nasceu da experiência prática da dentista e pesquisadora Ana Cecília Moreira.

Fonte: Redação / Assessoria

Abreboca chegará ao mercado em breve (Foto: Divulgação)

Um pequeno dispositivo desenvolvido por uma cirurgiã-dentista maranhense pode transformar a rotina de atendimento odontológico de pacientes com deficiência e dificuldades de comportamento. Batizado de Abreboca, o equipamento foi apresentado durante o II Congresso de Saúde Coletiva, promovido pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema).

A inovação nasceu da experiência prática da dentista e pesquisadora Ana Cecília Moreira, que identificou uma lacuna importante no trato bucal de pessoas que não conseguem manter a boca aberta durante os atendimentos. “Essa barreira compromete tanto a saúde bucal quanto o bem-estar dos pacientes, além de dificultar o trabalho de profissionais e cuidadores”, afirma Ana Cecília.

O Abreboca é um dispositivo leve, esterilizável e de baixo custo, com design ergonômico e confortável, capaz de abrir e manter aberta a boca de pacientes mesmo com resistência muscular ou dentes cerrados. O formato lembra o de uma dedeira com ponta de alavanca, permitindo estabilidade e segurança durante todo o procedimento.

Desenvolvido com apoio do programa Centelha, da Fapema e da Sudene, o projeto passou por rigorosos testes de resistência, autoclavagem e usabilidade, obtendo excelente aceitação de profissionais da área e cuidadores. A coordenadora da pesquisa, Cyrene Piazera, ressalta que o dispositivo já está em processo de patente e deve, em breve, chegar ao mercado.

“Temos um produto acessível, funcional e com grande impacto social. O Abreboca pode mudar o panorama do atendimento odontológico inclusivo no Brasil”, avalia a pesquisadora. A equipe também é formada pelo acadêmico Eduardo Ferreira, o dentista Rafael Gonçalo, o administrador Matheus de Azevedo e o designer Helton Carvalho.

A expectativa agora é atrair parceiros para produção em escala. “Queremos garantir autonomia na produção para baratear o custo e ampliar o alcance dessa solução”, completa Ana Cecília.

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