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A Vocação Esquecida: Reflexões sobre Formação, Psicologia e o Caminho Holístico

Nem sempre os jovens escolhem uma profissão por vocação. Em muitos casos, a preferência recai sobre cursos que prometem retorno financeiro ou status social

Fonte: Ronaldo Kroeff, cartunista, graduando em Psicologia

Nem sempre os jovens escolhem uma profissão por vocação. Em muitos casos, a preferência recai sobre cursos que prometem retorno financeiro ou status social. Essa escolha, feita muitas vezes sem um chamado interior, acaba por alimentar um problema que ecoa nas redes sociais e nas conversas cotidianas: o descrédito da população diante de certos profissionais, especialmente na área da saúde. O que se vê é uma crescente onda de críticas, frustrações e denúncias, muitas vezes legítimas. Afinal, nem todos saem das universidades realmente preparados para exercer a profissão com ética, empatia e excelência.

Durante minha trajetória no curso de Psicologia, presenciei com clareza a diferença entre os estudantes vocacionados e os que apenas seguiam o fluxo. Enquanto alguns mergulhavam nas disciplinas com sede de compreender o ser humano, outros colavam em provas, faltavam às aulas e passavam grande parte do tempo distraídos em seus celulares. Pode parecer um retrato duro, mas é a realidade que assombra muitas instituições de ensino. Como consequência, vemos o surgimento de profissionais com diploma, mas sem preparo integral para atuar com responsabilidade em áreas tão sensíveis quanto a saúde mental.

A Psicologia, por sua vez, enfrenta desafios ainda maiores na clínica. A maioria dos formados busca outros caminhos profissionais por conta da desvalorização, da baixa remuneração e da sobrecarga emocional em instituições onde a demanda é imensa e o suporte mínimo. Essa realidade me levou a buscar algo além, algo que realmente pudesse transformar vidas — inclusive a minha. Foi então que nasceu o projeto da Penumbro Terapia Holística Epigenética – a TCA, que se baseia na força do ambiente como agente de cura e prevenção, alinhando ciência e natureza em um novo modelo de cuidado humano.

Ao longo do curso, percebi que eu não queria apenas ouvir. A escuta é essencial, mas para muitos pacientes, especialmente os em estado depressivo severo, ela pode não ser suficiente para impedir um ato extremo como o suicídio. Algo dentro de mim dizia que era preciso ir além das palavras e dos medicamentos. Foi na epigenética e nas terapias naturais que encontrei respostas. Descobri, por exemplo, o poder dos elétrons da terra por meio do aterramento, dos íons negativos presentes em cachoeiras, florestas e na chuva, e de muitas outras práticas integrativas que oferecem alívio real para dores emocionais profundas.

Esse mergulho me levou a desenvolver o livro “Terapias da TCA”, que será lançado em breve como uma contribuição concreta e esperançosa à prática terapêutica no Brasil. Nele, proponho um retorno ao essencial — à natureza, à simplicidade e ao cuidado integral. O mundo precisa de profissionais que realmente se importem, que estudem por amor, que busquem transformar vidas. E, acima de tudo, precisamos de uma nova consciência: aquela que entende que o ser humano não é só mente ou corpo, mas um campo sensível e interligado, profundamente influenciado pelo ambiente onde vive. É por isso que não podemos desistir de sonhar — e de curar.

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