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A importância da atividade física na densidade mineral óssea e na redução do risco de fraturas

O tecido ósseo é dinâmico e responde a estímulos mecânicos através da ativação de osteoblastos, células responsáveis pela produção da matriz óssea.

Fonte: Dr. Tiago Menescal

A prática regular de atividade física é reconhecida como uma das intervenções mais eficazes para preservar e melhorar a densidade mineral óssea (DMO), fator fundamental na prevenção da osteoporose e das fraturas associadas à fragilidade óssea.

Estudos científicos demonstram que exercícios físicos, especialmente os que envolvem impacto e sobrecarga mecânica, como a musculação, o treinamento de força e atividades com sustentação de peso, estimulam diretamente a formação óssea ao promover o estresse fisiológico necessário para a remodelação e mineralização adequada dos ossos.

O tecido ósseo é dinâmico e responde a estímulos mecânicos através da ativação de osteoblastos, células responsáveis pela produção da matriz óssea. Durante a prática de atividades como corrida, saltos ou levantamento de peso, ocorre uma deformação mecânica dos ossos que ativa a sinalização celular via osteócitos, estimulando a deposição de novo tecido ósseo. Essa resposta é essencial para manter a massa óssea ao longo da vida, reduzir a perda de densidade óssea associada ao envelhecimento e minimizar a vulnerabilidade a fraturas.

Além dos efeitos locais sobre o osso, a atividade física promove adaptações sistêmicas que impactam diretamente a sobrevida. Exercícios regulares melhoram o equilíbrio, a força muscular e a propriocepção, fatores que reduzem significativamente o risco de quedas, principal causa de fraturas em idosos. Estudos de coorte de longo prazo mostram que indivíduos fisicamente ativos apresentam menores taxas de hospitalizações, fraturas e mortalidade relacionada a complicações de fraturas osteoporóticas.

Outro aspecto relevante é o papel da atividade física na modulação hormonal. O estímulo físico favorece a secreção de hormônios anabólicos, como a testosterona e o hormônio do crescimento (GH), ambos fundamentais para a síntese de colágeno e deposição de minerais na matriz óssea. Ademais, a prática regular de exercícios atua no controle da resistência à insulina e da inflamação sistêmica, condições que, se presentes, aceleram a perda óssea e aumentam o risco de fraturas.

A literatura científica evidencia que programas estruturados de exercício físico são eficazes não apenas para preservar, mas também para aumentar a DMO em diferentes grupos populacionais, inclusive em mulheres pós-menopausa e idosos. Modalidades que combinam exercícios de resistência, equilíbrio e impacto moderado são consideradas as mais eficazes para esse objetivo. Assim, incluir a atividade física como estratégia preventiva é essencial para garantir qualidade de vida, autonomia funcional e longevidade com saúde óssea.

A prática regular de atividade física é uma ferramenta poderosa para fortalecer o esqueleto, reduzir o risco de quedas e fraturas, e consequentemente, aumentar a sobrevida de maneira significativa. A implementação de hábitos de movimento desde cedo e sua manutenção ao longo da vida são fundamentais para a saúde óssea, promovendo não apenas a integridade do sistema musculoesquelético, mas também favorecendo a saúde cardiovascular, metabólica e neurológica, reforçando o conceito de que ossos fortes são um pilar essencial da longevidade ativa e saudável.

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