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A Terapia do Social – O outro como caminho para a Cura

Que este artigo inspire você a sair do seu próprio atoleiro — e, quem sabe, a ser o cavalo correndo ao redor de alguém que precisa

Fonte: Ronaldo Kroeff

Certo jovem membro de uma tribo viu seu cavalo preso em um atoleiro. O animal, coberto de lama até o pescoço, já não tinha forças. Desesperado, o rapaz correu e buscou ajuda. Várias pessoas tentaram puxar o cavalo para fora, mas todas as tentativas falharam. Um a um, foram desistindo, e o cavalo, vencido, baixou a cabeça como quem aceita a morte.

Foi então que um ancião se aproximou. Observou em silêncio por um momento, e então disse: “Juntem todos os cavalos da tribo. Façam-nos correr em círculos ao redor do atoleiro.” Assim fizeram. Os cavalos correram, e o som das patas, a poeira levantada, o movimento… algo despertou no cavalo atolado. Ele ergueu a cabeça, olhou ao redor e, por impulso vital, começou a se mover. Sacudiu-se, forçou-se, e saiu do atoleiro por conta própria, correndo ao encontro dos outros.

Essa história carrega uma verdade profunda e silenciosa: sozinho, o ser humano adoece. A presença do outro pode ser a força que nos resgata do atoleiro emocional, financeiro ou existencial.

Vivemos em tempos onde muitos estão afundados em angústias silenciosas. Pessoas atoladas em dívidas, abandono, vícios, solidão, tentando sair sozinhas de situações complexas — e muitas vezes falhando. Algumas chegam ao extremo: desistem da própria vida por não sentirem mais nenhuma conexão com o coletivo.

Mas há uma chave terapêutica que esquecemos: o outro.

Você já pensou como se sentiria andando num shopping onde não há ninguém? Ou num parque sem crianças, sem risos, sem cães correndo, sem encontros? Seria um lugar triste, sem alma. Isso porque a vida em si se revela e se justifica no coletivo. Não há existência saudável fora da convivência.

A Terapia do Social, como parte da Penumbroterapia Holística Epigenética – Terapia Centrada no Ambiente, propõe a cura através da reconexão humana. Entender que precisamos do outro não é fraqueza: é sabedoria.

Precisamos romper o isolamento. Visitar parentes que há anos não vemos. Fazer novos amigos, retomar antigos laços, aceitar convites, criar grupos de conversa, caminhar com alguém, ouvir e ser ouvido. Precisamos aprender de novo o valor da gentileza, da hospitalidade, da presença.

Muitos adoecem por ignorar essa necessidade básica. Se tornam reclusos, rancorosos, incapazes de conviver, afastam familiares por intolerância, expulsam amigos por não saberem ser anfitriões de si mesmos. A alma pede abrigo, e o abrigo está no calor da convivência.

A Terapia do Social nos convida a ver o outro como remédio vivo, como equilíbrio emocional, como cura silenciosa. Aquele que ri com você, que escuta, que abraça, que anda ao seu lado, muitas vezes sem saber, está sendo o cavalo que corre ao seu redor para te inspirar a sair do atoleiro.

O tempo não espera. O cronos não perdoa. Não há mais tempo para o egoísmo existencial. É hora de interagir, compartilhar, abraçar a união.

Sou Ronaldo Kroeff Daghlawi, pesquisador e criador da Penumbroterapia Holística Epigenética. Acredito que a cura não está apenas nos remédios, mas nos ambientes que criamos e nas pessoas com quem escolhemos caminhar. Que este artigo inspire você a sair do seu próprio atoleiro — e, quem sabe, a ser o cavalo correndo ao redor de alguém que precisa

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