Publicidade
Carregando anúncio...

Influencer é presa por suspeita de envolvimento com facção criminosa

Conforme a polícia, Ana Azevedo exercia papel estratégico dentro da facção Bonde dos 40.

Fonte: Com informações do Meio News

Ana Azevedo exercia papel estratégico dentro da facção Bonde dos 40, segundo a polícia (Foto: Reprodução)

A influenciadora digital Ana Azevedo foi presa na manhã desta quarta-feira (30), durante a Operação DRACO 210 – Faixa Rosa, deflagrada pela Polícia Civil do Piauí. Ela é suspeita de integrar uma facção criminosa com atuação em Teresina. No momento da prisão, a influencer estava em uma residência onde também foi detido um homem, seu companheiro, e apreendida uma arma de fogo.

A operação cumpriu 34 mandados judiciais, sendo 15 de prisão temporária e 19 de busca e apreensão, em Teresina, Timon (MA), Demerval Lobão (PI) e Nazária (PI). Até o momento, 14 pessoas foram presas – 10 mulheres e quatro homens. Além das prisões, também foram apreendidos celulares, notebook e outros materiais relacionados à organização criminosa.

De acordo com o delegado Charles Pessoa, coordenador do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), Ana Azevedo exercia papel estratégico dentro da facção Bonde dos 40. Além de atuar em ações conhecidas como “tribunal do crime”, a influenciadora utilizava suas redes sociais para disseminar ideologias da organização. “Ela é uma influenciadora do mal. Não vamos permitir que facções criminosas influenciem a mente e o coração dos nossos jovens”, afirmou.

Mesmo diante da imprensa no momento da prisão, Ana permaneceu em silêncio por boa parte do tempo. Em uma única declaração, direcionou-se aos seus seguidores: “Já, já estou na pista, meus amores. Me mandem força nos comentários”.

A operação é fruto de desdobramentos da DRACO 198, realizada em março deste ano, quando foi apreendido um celular pertencente a A. da S. M., tia de um dos líderes da facção e considerada uma figura ativa no núcleo feminino da organização. A perícia no dispositivo revelou a existência de um grupo de WhatsApp intitulado “A LUTA NÃO PARA”, com mensagens, estatutos, ordens internas e provas da estrutura hierárquica da facção.

Segundo a investigação, as mulheres presas atuavam em funções diversas dentro da organização, como repasse de ordens, recrutamento, disciplina interna, arrecadação de valores ilícitos, apoio logístico e suporte a ações violentas. As mensagens analisadas confirmam ainda o uso de linguagem codificada, símbolos do grupo e um estatuto interno com regras e punições – características típicas de uma organização criminosa estruturada.

As ações da DRACO 210 aconteceram nos bairros Todos os Santos (Residencial Pedro Balzi), Santo Antônio (Invasão Dagmar Mazza), Monte Castelo, Dirceu II, Lourival Parente, Areias (Loteamento Primavera), Parque Jacinta e Samapi, além dos municípios vizinhos.

Fechar