Publicidade
Carregando anúncio...

Obras paradas no Viva Liberdade voltam ao centro das atenções após vistoria do MP

Cenário encontrado tem entulho acumulado, materiais de construção deteriorados e estruturas inacabadas.

Fonte: Com informação do MPMA
Cenário apresenta entulho acumulado e materiais de construção deteriorados (Foto: Divulgação)

As obras de reforma do Viva Liberdade e do Conselho Cultural Comunitário da Liberdade, em São Luís, estão abandonadas desde 2022 — e seguem sem prazo para conclusão. Nesta terça-feira (29), o Ministério Público do Maranhão realizou uma vistoria nos locais, reacendendo o debate sobre o descaso com os equipamentos públicos no bairro, que é reconhecido como território quilombola.

A inspeção foi conduzida pela 5ª Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa e contou com a presença de representantes da Secretaria de Estado das Cidades (Secid), responsável pelas intervenções, além de membros da comunidade.

O cenário encontrado reforça a sensação de abandono: estruturas inacabadas, entulho espalhado, materiais deteriorados e o Teatro da Liberdade completamente paralisado. Para os moradores, além do desperdício de dinheiro público, a situação representa risco à segurança, já que o local pode atrair práticas criminosas.

“Esses espaços são fundamentais para a inclusão, o lazer e a valorização cultural do bairro. A juventude precisa disso”, afirmou Jefferson Taylor, presidente do Conselho Cultural Comunitário da Liberdade.

Aurineia de Jesus, do Fórum do PAC Rio Anil, também criticou a morosidade na retomada das obras. “Temos esperança de que, com a presença do Ministério Público, o processo ganhe agilidade e não fique mais parado.”

Já o pastor Carlos Gusmão destacou o impacto direto da ausência desses equipamentos para as novas gerações: “É na cultura e no esporte que muitos jovens encontram alternativas ao caminho da violência.”

Diante das denúncias feitas por lideranças locais, o Ministério Público instaurou um procedimento administrativo para apurar a paralisação. O promotor José Augusto Cutrim Gomes informou que a Secid se comprometeu a apresentar um documento com informações financeiras, histórico da obra e novo cronograma de execução. A formalização dessas informações será acompanhada pelo MP e repassada à comunidade.

Fechar