O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a causar polêmica nas redes sociais nesta sexta-feira (2) ao compartilhar uma imagem em que aparece vestido como Papa, com trajes típicos da liderança católica. A imagem foi publicada em seus perfis oficiais no X (antigo Twitter) e no Instagram, e também surpreendentemente apareceu no perfil oficial da Casa Branca no Instagram — o que gerou ainda mais indignação entre internautas e críticos.
A postagem ocorreu às vésperas do conclave que escolherá o sucessor do Papa Francisco (1936–2025), falecido recentemente. A imagem, aparentemente gerada por inteligência artificial, retrata Trump com mitra, vestes papais brancas, um cordão dourado com cruz e expressão solene. Apesar do impacto visual, o ex-presidente não escreveu nenhuma legenda na publicação.
O gesto provocou repercussão negativa, sobretudo por parte de católicos e religiosos nas redes. “Como representantes oficiais dos Estados Unidos, vocês não deveriam zombar de nenhuma religião”, escreveu um usuário no perfil da Casa Branca. Outro afirmou: “Você é o anticristo e nem mesmo é católico”. Um terceiro lamentou: “Não tem nada de engraçado nisso”. A publicação foi amplamente criticada por supostamente tratar com desrespeito símbolos religiosos e por ter sido compartilhada por canais oficiais do governo.
A controvérsia se intensificou após Trump, questionado por jornalistas na última terça-feira (29), afirmar que “gostaria de ser o Papa”, descrevendo essa como sua “escolha número um” para a sucessão no Vaticano.
Além da imagem controversa, a participação de Trump no funeral de Francisco também foi marcada por rompimentos de protocolo. Enquanto chefes de Estado e autoridades internacionais vestiram-se de preto em sinal de luto, o ex-presidente optou por um terno azul. Ele também foi criticado por ter pisado sobre o tapete onde repousava o caixão do pontífice, gesto considerado desrespeitoso por membros do clero.
A nova provocação com simbologia religiosa reforça o estilo midiático de Trump, conhecido por sua atuação como apresentador do reality show O Aprendiz entre 2004 e 2015, e reacende o debate sobre o uso político de imagens religiosas em campanhas e postagens de figuras públicas.