Durante a última etapa da Operação Rolezinho, realizada nesta terça-feira (6) em São Luís, a Polícia Civil e o Ministério Público do Maranhão cumpriram mandado de prisão provisória contra Kauã Santos de Sousa, conhecido nas redes sociais como “Chefinho do Grau”. Ele é investigado por promover e divulgar diversas práticas criminosas relacionadas ao trânsito e à ordem pública, incluindo direção perigosa, rachas e apostas ilegais.
A investigação, conduzida pela 2ª Promotoria de Justiça de Controle Externo da Atividade Policial e pela Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos, revelou que o influenciador utilizava seu perfil no Instagram — com cerca de 24,3 mil seguidores — para disseminar vídeos de manobras perigosas com motocicletas, chamadas de “grau”, além de divulgar encontros clandestinos e disputas ilegais entre veículos.
De acordo com a representação assinada pelo delegado Rafael Almeida Pereira e pelo promotor Cláudio Guimarães, Chefinho do Grau também promovia sites de apostas irregulares, associando os jogos à obtenção de recursos para financiar motos e carros utilizados nas atividades ilícitas.
A análise das postagens confirmou a ocorrência de crimes como supressão de placas veiculares, apologia ao crime, associação criminosa, perturbação da ordem pública e promoção de jogos de azar. Diante das evidências, a Justiça determinou, além da prisão temporária por cinco dias, medidas cautelares como busca e apreensão de veículos, equipamentos eletrônicos e documentos relacionados às infrações.
O mandado, expedido pela Central de Inquéritos da Comarca da Ilha de São Luís, inclui também a solicitação para que a empresa Meta remova, no prazo de 24 horas, todas as contas vinculadas ao investigado no Facebook e Instagram. Caso a ordem não seja cumprida, foi requerida multa diária de R$ 20 mil, limitada a R$ 400 mil.
As autoridades destacam que os conteúdos promovidos por Chefinho violam as diretrizes das plataformas e incentivam condutas criminosas, colocando em risco a segurança no trânsito e a ordem pública. A operação segue em andamento, com foco na responsabilização dos envolvidos e na repressão a crimes cometidos por meio das redes sociais.