O 3º Tribunal do Júri de São Luís condenou, nesta quinta-feira (9), José Ribamar de Oliveira Alves, de 62 anos, a 20 anos de reclusão pelo assassinato da ex-companheira, Maria da Piedade Garré Rocha Lima, ocorrido em outubro de 2023. O julgamento foi presidido pela juíza Gláucia Helen Maia de Almeida, no Fórum Desembargador Sarney Costa, e terminou no início da noite, após a oitiva de cinco testemunhas, entre elas duas filhas da vítima.
A juíza negou ao réu o direito de recorrer em liberdade. Ele foi reconduzido à Penitenciária de Pedrinhas, onde continuará cumprindo a pena em regime fechado.
Na acusação atuaram o promotor de Justiça Samaroni Maia, a advogada Eika Moreira e o advogado e deputado estadual Neto Evangelista, como assistentes da acusação. A defesa foi feita pelo defensor público Fábio Marçal.
O crime
O feminicídio aconteceu na tarde de 7 de outubro de 2023, no bairro Recanto Santos Dumont, região da Cohab Anil III, em São Luís. Maria da Piedade, de 55 anos, foi morta com pelo menos seis golpes de faca, dentro de casa. O corpo foi encontrado enrolado em uma rede, após um sobrinho da vítima acionar a polícia, desconfiado do desaparecimento da tia.
Segundo as investigações conduzidas pela Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP), José Ribamar não aceitava o fim do relacionamento. Após o crime, ele fugiu e permaneceu foragido até se apresentar espontaneamente na sede da SHPP, na Avenida Beira-Mar, acompanhado de um advogado.