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PF deflagra nova fase de operação que mira esquema de venda de sentenças no STJ

Até o momento, o Superior Tribunal de Justiça não se manifestou oficialmente sobre a nova fase da investigação

Fonte: Da redação

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (13) mais uma etapa da Operação Sisamnes, que apura um suposto esquema de venda de sentenças no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A ofensiva, autorizada pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), cumpre 11 mandados de busca e apreensão, além de determinar o sequestro de R$ 20 milhões e a apreensão dos passaportes dos investigados, como forma de impedir eventuais fugas do país.

Segundo a PF, a nova fase revelou a existência de uma rede financeira e empresarial estruturada para lavar dinheiro, conferindo aparência de legalidade às propinas pagas para influenciar decisões judiciais no STJ. A operação investiga os crimes de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, mercado de câmbio clandestino e organização criminosa.

O nome da operação remete à história do juiz Sisamnes, figura da mitologia persa que foi executado por ter aceitado suborno em troca de uma sentença injusta — uma simbologia que reflete o foco das investigações.

Essa é a quarta etapa de uma investigação que vem se desdobrando desde o ano passado. Na primeira fase, a Polícia Federal prendeu o empresário Andreson Gonçalves, conhecido como o “lobista dos tribunais”, e cumpriu mandados contra assessores de ministros do STJ. Os servidores foram afastados de suas funções e respondem também a processos administrativos. O STJ informou, à época, que nenhum ministro tinha conhecimento das irregularidades.

A segunda fase mirou operações imobiliárias suspeitas e levou ao afastamento de servidores do Judiciário, além do sequestro de bens de um magistrado por ordem do STF. Já em março deste ano, uma nova frente da operação revelou um núcleo dedicado à venda de informações sigilosas sobre investigações em curso no STJ. A PF identificou uma rede clandestina que monitorava e repassava dados sensíveis, comprometendo o andamento de operações policiais e frustrando ações de combate à corrupção.

Até o momento, o Superior Tribunal de Justiça não se manifestou oficialmente sobre a nova fase da investigação.

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