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PF desmonta esquema de candidaturas fictícias com desvio milionário em São Luís

As apurações revelam o uso de documentos ideologicamente falsos para simular candidaturas femininas.

Fonte: Com informações da PF
Operação Malversador teve o objetivo de desarticular um esquema criminoso que usava candidaturas fictícias (Foto: Divulgação)

A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira (14), a Operação Malversador, com o objetivo de desarticular um esquema criminoso que usava candidaturas fictícias para desviar recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) durante as eleições municipais de 2024, em São Luís (MA).

A investigação teve início após uma notícia-crime apontar a atuação de uma organização criminosa na capital maranhense. Ao todo, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão.

PF faz operação contra suspeitos de lançarem candidaturas fictícias para desviar fundo eleitoral em São Luís — Foto: Divulgação/Polícia Federal

As apurações revelam o uso de documentos ideologicamente falsos para simular candidaturas femininas com o objetivo de burlar a cota de gênero e viabilizar desvios de verba pública. Um dos casos mais emblemáticos envolve uma suposta candidata a vereadora que recebeu R$ 300 mil do fundo eleitoral e obteve apenas 18 votos — um custo médio de mais de R$ 16 mil por voto. A desproporcionalidade chamou a atenção dos investigadores.

Segundo a PF, o esquema envolvia empresas de fachada, contratos fictícios, notas fiscais superfaturadas e materiais de campanha fraudulentos. Em um dos documentos apreendidos, consta a aquisição simulada de mais de 1 milhão de santinhos, 50 mil bottons e 300 adesivos perfurados para veículos, todos em nome da candidata apontada como “laranja”.

PF faz operação contra suspeitos de lançarem candidaturas fictícias para desviar fundo eleitoral em São Luís — Foto: Divulgação/Polícia Federal

Pessoas físicas e jurídicas investigadas movimentaram mais de R$ 1 milhão em recursos do FEFC, com fortes indícios de lavagem de dinheiro. Parte do montante teria sido ocultada por meio de empresas “fantasma”.

A Justiça Eleitoral determinou a suspensão de funções partidárias do principal investigado e autorizou o compartilhamento das provas com Ações de Investigação Judicial Eleitoral (AIJEs), que podem resultar na cassação de mandatos de vereadores eleitos. O nome dos envolvidos não foi divulgado pela polícia.

Os investigados podem responder por organização criminosa, falsidade ideológica eleitoral, uso de documento falso, peculato eleitoral e lavagem de dinheiro.

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