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Casamentos caem e divórcios batem recorde no Brasil

Hoje, os casais se separam mais rapidamente. Em média, o tempo entre o casamento e o divórcio foi de 13,8 anos em 2023

Fonte: Da redação

O Brasil registrou queda nos casamentos civis e um recorde no número de divórcios em 2023, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (16) pelo IBGE. Ao todo, foram formalizados 940,8 mil casamentos no ano, uma queda de 3% em relação a 2022. Já os divórcios somaram 440,8 mil, com alta de 4,9%, o maior número desde o início da série histórica em 2009.

Foi o quarto ano consecutivo com menos de 1 milhão de casamentos registrados. O número de 2023 é o mais baixo desde 2021, período ainda afetado pelas restrições da pandemia. Para o IBGE, a queda reflete mudanças culturais e sociais, além de questões econômicas.

“Casar deixou de ser uma exigência social. Muitas pessoas preferem a união estável ou simplesmente não querem assumir os custos e compromissos do casamento formal”, afirma Klivia Brayner de Oliveira, pesquisadora do instituto.

Por outro lado, os divórcios seguem em alta. O crescimento de quase 21 mil separações em relação ao ano anterior confirma uma tendência de flexibilização nas relações conjugais. Segundo o IBGE, o avanço é influenciado tanto por mudanças legais — como a autorização de divórcios extrajudiciais desde 2007 — quanto por transformações no comportamento da sociedade.

Hoje, os casais se separam mais rapidamente. Em média, o tempo entre o casamento e o divórcio foi de 13,8 anos em 2023, abaixo dos 15,9 anos registrados em 2010.

Casamentos homoafetivos seguem em alta

Embora o número total de matrimônios tenha diminuído, os casamentos entre pessoas do mesmo sexo cresceram 1,6% em 2023, atingindo 11,2 mil registros — o maior número desde que o IBGE começou a contabilizá-los em 2013. Casais homoafetivos representaram 1,2% do total de uniões formais.

Idade dos noivos também mudou

Outro dado que chama atenção é o aumento da idade dos cônjuges. Em 2003, apenas 8,2% das mulheres que se casaram tinham 40 anos ou mais. Vinte anos depois, esse grupo passou a representar 25,1%. Entre os homens, a proporção subiu de 13% para 31,3%.

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