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Síndrome Amotivacional: a maconha, o cérebro jovem e a urgência de uma nova educação

A Síndrome Amotivacional se instala de forma silenciosa

Fonte: Ronaldo Kroeff

Tenho desenvolvido um estudo sobre terapias holísticas chamado Penumbroterapia Holística Epigenética, uma abordagem que propõe que o ambiente que adoece também pode curar. Embora tenha chegado ao último período do curso de Psicologia em 2018, dificuldades financeiras me impediram de concluir. Pretendo, com fé, retomar e avançar até o doutorado para defender essa teoria que une saúde mental, ambiente e prevenção social.

Dentro dessa jornada, abracei uma causa urgente: alertar crianças e jovens sobre os perigos do ambiente permissivo, das drogas lícitas e ilícitas e do discurso que romantiza o uso de substâncias como a maconha.

Vivemos uma era em que o uso recreativo da maconha tem sido normalizado, até mesmo pela justiça, enquanto pouco se fala de seus efeitos reais no cérebro jovem. É nesse contexto que se manifesta a Síndrome Amotivacional – um estado crônico de apatia, falta de metas, indiferença ao futuro e perda de motivação.

O cérebro de um jovem está em desenvolvimento. Qualquer interferência nesse processo — seja por álcool, tabaco, bebidas “ice”, energéticos ou maconha — pode comprometer as funções cognitivas, afetivas e motivacionais. A Síndrome Amotivacional se instala de forma silenciosa. O indivíduo perde a iniciativa, a energia vital, o desejo de progredir. Isso destrói sonhos e paralisa talentos.

A juventude precisa de propósito, foco e motivação. Cada criança e adolescente deveria acordar com vontade de construir algo grandioso. Precisamos de políticas públicas, famílias e educadores que compreendam essa urgência. Que tipo de nação estamos formando se entregamos nossos jovens ao hedonismo barato, à cultura do prazer imediato e ao abandono da intelectualidade?

Enquanto isso, nações como a China formam mais de 100 mil engenheiros por ano, investindo em disciplina, educação e saúde. Nós, infelizmente, seguimos banalizando vícios e naturalizando condutas autodestrutivas.

Por isso, criei a palestra “Crack, tô fora!”, que vai além da prevenção ao crack. Ela busca abrir os olhos da juventude para o poder do ambiente, do marketing disfarçado, do sistema que lucra com a dependência e da importância de manter a mente limpa para pensar, amar, sonhar e vencer.

A Penumbroterapia propõe um resgate: recriar ambientes que inspirem lucidez, esforço e dignidade. Devemos trocar o estímulo à fuga por estímulos ao crescimento. Devemos insistir: o prazer maior é ter uma mente livre, lúcida e cheia de propósito.

Se não educarmos com urgência, estaremos formando uma geração dopada, sem rumo e sem futuro.

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