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São Luís deve inaugurar nova residência terapêutica até o fim do mês

Com a nova unidade, dez pacientes psiquiátricos poderão ser transferidos para um espaço de acolhimento.

Fonte: Com informações da DPE-MA

(Foto: Divulgação)

A cidade de São Luís deve ganhar uma nova residência terapêutica até o final de maio. A informação foi apresentada nesta segunda-feira (19) durante uma audiência de monitoramento realizada na Vara de Interesses Difusos e Coletivos da capital. A medida faz parte de uma ação civil pública movida pela Defensoria Pública do Estado, que cobra a ampliação da rede de atenção à saúde mental no município.

Com a nova unidade, dez pacientes psiquiátricos atualmente internados no Hospital Nina Rodrigues poderão ser transferidos para um espaço de acolhimento com foco na convivência social e recuperação fora do ambiente hospitalar.

Durante a audiência, o juiz Francisco Reis determinou ainda que a Prefeitura apresente um cronograma para a instalação de outras duas residências terapêuticas. Uma nova audiência foi marcada para novembro, quando o andamento das medidas será reavaliado.

Segundo o defensor público Bruno Dixon, responsável pelo Núcleo de Execução Penal, a criação dessas residências é uma alternativa à permanência prolongada em instituições psiquiátricas. “Estamos falando de pessoas que, embora com alta médica, continuam internadas por falta de suporte fora dos hospitais. É um público invisibilizado”, afirmou.

Situação no Nina Rodrigues

O Hospital Nina Rodrigues abriga atualmente pacientes que já poderiam ter sido reintegrados à sociedade, mas permanecem internados por ausência de vagas em dispositivos de reinserção como as residências terapêuticas. Desde 2017, a Defensoria informou que acompanha essa situação, que envolve tanto a falta de vínculos familiares quanto a omissão do poder público.

A primeira residência terapêutica da capital foi inaugurada em 2018 no bairro Olho D’Água, com capacidade para dez pessoas. A criação da nova unidade marca o primeiro avanço concreto desde então.

A situação desses pacientes se agravou a ponto de a DPE mover uma ação civil contra o Município de São Luís e o Estado do Maranhão. O pedido incluiu a instalação de quatro residências terapêuticas e a criação de um programa estadual para atendimento de pessoas com transtornos mentais em conflito com a lei.

Como resultado, foi criado o PAIMA (Programa de Atenção Integral à Pessoa com Transtorno Mental em Conflito com a Lei), com ações articuladas entre a Secretaria de Estado da Saúde e órgãos municipais.

O Estado do Maranhão mantém três residências terapêuticas em São Luís.

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