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Policial militar preso por feminicídio chama crime de “tragédia familiar”

Defesa ingressou com um pedido de liberdade provisória, alegando que ele sofre de problemas psicológicos.

Fonte: Com informações do g1 MT

PM Ricker Maximiano de Moraes foi preso por matar a esposa (Foto: Reprodução)

O policial militar Ricker Maximiano de Moraes, de 35 anos, preso pelo assassinato da esposa, Gabrieli Daniel Sousa de Moraes, de 31 anos, declarou em depoimento à Polícia Civil que o crime foi uma “tragédia familiar”. Ele é suspeito de atirar contra a vítima no domingo (25), em Cuiabá, e fugir levando os filhos do casal.

Durante o interrogatório, Ricker permaneceu em silêncio na maior parte do tempo, mas afirmou ao delegado: “O que resta agora é se arrepender”. Em um dos poucos momentos em que falou, declarou: “Não tem explicação uma situação dessa. Para mim foi uma tragédia, tanto para mim, quanto para meus familiares e meus filhos. Vou carregar isso para o resto da vida”.

A defesa do policial ingressou nesta segunda-feira (26) com um pedido de liberdade provisória, alegando que ele sofre de problemas psicológicos e está afastado das funções há dois anos. O pedido está em análise pela Justiça.

Além do feminicídio, Ricker responde por tentativa de homicídio contra um adolescente de 17 anos, em um caso ocorrido em junho de 2018, também em Cuiabá. Ele será julgado nesta quarta-feira (28) por esse crime.

Na época, a vítima caminhava pela Avenida General Melo com dois amigos quando passou perto do suspeito, que discutia com a namorada. Ao perceber que os adolescentes teriam rido da situação, o policial reagiu, sacou uma arma e perseguiu o grupo.

Durante a fuga, um dos adolescentes foi atingido com um tiro nas costas. O ferimento provocou sequelas permanentes: a vítima precisou passar por cirurgia de emergência e, desde então, faz uso de uma sonda para urinar, tendo perdido a sensibilidade na bexiga.

Sobre o feminicídio, o crime ocorreu no bairro Praeirinho, em Cuiabá. Após os disparos, Ricker fugiu, levando os filhos, que foram deixados posteriormente na casa dos avós paternos. Horas depois, ele se apresentou à polícia.

A motivação para o assassinato não foi divulgada. O caso está sendo investigado como feminicídio pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

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