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Polícia prende acusado de matar esposa e filha de dez meses

Após o crime, ele queimou os corpos em uma área de mata, e disse que “tinha se livrado de um problema”.

Fonte: Com informações do g1 MS e TV Morena

João Augusto matou esposa e filha carbonizadas (Foto: Redes sociais)

João Augusto Borges de Almeida, de 21 anos, foi preso em flagrante nesta terça-feira (27) acusado de matar a esposa, Vanessa Eugênio Medeiros, de 23 anos, e a filha do casal, Sophie Eugênia Borges, de apenas 10 meses, em Campo Grande (MS). Após o crime, ele queimou os corpos em uma área de mata na região do bairro Indubrasil.

O acusado confessou o duplo feminicídio durante depoimento à polícia e afirmou que não se arrepende. Segundo relato dado à polícia, ele disse: “Dormi melhor que sempre, porque me livrei de um problema.”

Crime premeditado

De acordo com o delegado Rodolfo Daltro, titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o crime foi premeditado. Investigações apontam que João planejava cometer os assassinatos há pelo menos dois meses.

O crime ocorreu dentro da residência do casal. Segundo o depoimento, João chamou Vanessa para conversar no quarto, deixou a filha na cama com alguns brinquedos e então aplicou um golpe de “mata-leão” na esposa, que morreu asfixiada. Em seguida, esganou a filha.

Após os assassinatos, o suspeito voltou ao trabalho normalmente, permaneceu no local até as 19h e, na saída, passou em um posto de combustível, onde comprou um galão e gasolina.

De volta para casa, embrulhou os corpos em cobertores, colocou no porta-malas do carro e os levou até uma área de mata no bairro Indubrasil. No local, jogou os corpos no chão e ateou fogo.

Investigação

A polícia identificou o suspeito após analisar imagens de câmeras de segurança que registraram a movimentação do carro na região onde os corpos foram encontrados.

Os investigadores passaram a monitorar João, aguardando o momento em que ele fosse até uma delegacia registrar um falso desaparecimento. A prisão foi efetuada quando ele aguardava atendimento no 6º Distrito Policial.

Motivações

Durante o interrogatório, João alegou que problemas no relacionamento e dificuldades financeiras após o nascimento da filha teriam motivado o crime. Disse, ainda, que se sentia sobrecarregado e pressionado pelas despesas do casal.

O delegado revelou que uma testemunha, que conhecia João, confirmou que ele já havia manifestado a intenção de cometer o crime dois meses antes. Na ocasião, ele chegou a perguntar como amarrar bem os pés e as mãos da vítima. Questionado pela testemunha se teria coragem de matar a própria filha, respondeu: “Vou sim. Melhor do que ter que pagar pensão.”

Prisão e riscos na unidade prisional

João Augusto passará por audiência de custódia nesta quarta-feira (28). Devido à natureza do crime, a polícia avalia para qual unidade prisional ele será encaminhado. O delegado alertou que crimes dessa natureza não são bem aceitos dentro dos presídios, o que pode gerar riscos à integridade do preso.

A investigação segue em andamento.

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