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Com certificação internacional, Maranhão busca novos mercados e amplia diálogo com frigoríficos

Durante a reunião, governador Brandão destacou a importância do novo status sanitário para a economia local.

Fonte: Redação / Assessoria

O encontro, em Paris, buscou estreitar laços e discutir investimentos (Foto: Divulgação)

Em mais um dia de agenda internacional, o governador Carlos Brandão se reuniu nesta quarta-feira (4) com representantes da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) e lideranças do setor de frigoríficos e exportadores de carne. O encontro, em Paris, buscou estreitar laços e discutir investimentos que possam ampliar a pecuária maranhense, dias antes da entrega oficial do certificado internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação.

A cerimônia de certificação, pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), acontecerá nesta sexta-feira (6), com a presença do presidente Lula. O Maranhão, que tem o segundo maior rebanho bovino do Nordeste, também será contemplado com o reconhecimento.

Durante a reunião, Brandão destacou a importância do novo status sanitário para a economia local. “Com a certificação internacional, o Maranhão agora pode vender carne para o mundo todo. Isso vai valorizar o nosso produto, os produtores vão ter mais segurança para ampliar seus investimentos, gerando mais oportunidades de emprego no nosso estado. Por isso, hoje, estou recebendo aqui uma delegação de empresários donos de frigoríficos para já começarmos a debater novos investimentos para o Maranhão”, afirmou o governador.

Ele também ressaltou o objetivo de colocar o Maranhão em condições de disputar mercados como China, Estados Unidos e países da Europa. “Queremos garantir as condições necessárias para que o Maranhão possa exportar sua carne para esses mercados”, reforçou Brandão.

Entre os participantes do encontro estava Marcos Alexandre Domingues, presidente do conselho fiscal da Abiec e dono do frigorífico Iguatemi Foods. Ele vê a certificação como um divisor de águas para o estado. “Até então, o Maranhão era exportador de gado vivo. Agora, com a certificação, devem surgir mais fazendas de confinamento e novas empresas. A futura indústria de etanol de milho, que vai gerar subprodutos para alimentação bovina, vai fortalecer ainda mais essa cadeia”, disse Domingues.

Outro empresário presente, Luiz Carlos da Silveira Bueno, do Frigorífico Mercúrio, no Pará, afirmou que o selo internacional vai abrir caminho para a criação de corredores de exportação, aproveitando a estrutura logística do Porto do Itaqui. “Essa certificação elimina riscos e nos permite investir de forma mais segura no Maranhão”, explicou.

A certificação internacional foi o resultado de um esforço do Governo do Maranhão para fortalecer a defesa agropecuária no estado. Nos últimos anos, a Agência Estadual de Defesa Agropecuária (Aged) teve a frota renovada, escritórios reformados e reforço de pessoal, o que ajudou a alcançar o reconhecimento sanitário.

O novo status abre caminho para exportações a mercados exigentes como o Japão e, segundo especialistas, pode ajudar a melhorar a remuneração de produtores locais e reduzir custos para o estado. Além disso, representa um marco para a pecuária maranhense, que conta com mais de 10,9 milhões de cabeças e quase 200 mil propriedades rurais.

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