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Prefeito de Igarapé Grande depõe, segue em liberdade e cogita licença de 180 dias

Delegado afirmou que a apresentação foi espontânea e ocorreu fora das condições de flagrante.

Fonte: Redação

João Vitor Xavier cogita pedir licença de seis meses (Foto: Reprodução)

O prefeito de Igarapé Grande, João Vitor Xavier (PDT), prestou depoimento na Delegacia Regional de Presidente Dutra na tarde desta segunda-feira (7) e deixou a unidade sem ordem de prisão. Ele é investigado pela morte do policial militar Geidson Thiago dos Santos, baleado durante uma vaquejada em Trizidela do Vale, no domingo (6).

Por que não houve prisão?

Segundo o delegado César Ferro, responsável pelo primeiro atendimento, a apresentação foi espontânea e ocorreu fora das condições de flagrante. “É importante esclarecer que, como a apresentação foi espontânea e fora das hipóteses de flagrante delito, não caberia que ele fosse autuado em flagrante pela delegacia de Presidente Dutra, conforme entendimento consolidado pelo Supremo Tribunal Federal”, explicou. O inquérito foi remetido à Delegacia de Pedreiras, que conduz a investigação.

Versão do prefeito

No depoimento, João Vitor afirmou que reagiu a uma suposta ameaça. Ele relatou ter chegado ao parque por volta das 13h, acompanhado da namorada, e nega ter ingerido álcool. Às 22h, ainda segundo seu relato, foi hostilizado por um motociclista que o chamou de “prefeito” de maneira agressiva.

Primeiro contato: o suspeito passa de moto, faz gestos e xingamentos; João diz que apenas acenou.

Segundo contato: o mesmo homem retorna a pé, aponta o dedo e, após breve discussão, empurra o prefeito.

Disparos: o prefeito alega ter visto o policial sacar uma pistola e, em resposta, puxou um revólver calibre .38 — arma que, segundo ele, não possui registro de porte. Foram efetuados vários disparos.

João Vitor declarou ter descartado o revólver no local e deixado a vaquejada sozinho, dirigindo seu carro.

Próximos passos

A Polícia Civil informou que já identificou testemunhas e analisa imagens de câmeras de segurança para confirmar a dinâmica. Um pedido de prisão preventiva do prefeito não está descartado, mas dependerá de decisão judicial.

Licença do cargo

Fontes ligadas à prefeitura confirmam que João Vitor pretende solicitar licença de 180 dias para concentrar-se na defesa. Durante o afastamento, quem assume a gestão é a vice-prefeita Maria Etelvina (PDT).

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