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Pipas já provocaram mais de mil ocorrências na rede elétrica do Maranhão em 2025

São Luís lidera o ranking com 393 casos, seguida por Imperatriz (77), São José de Ribamar (58).

Fonte: Redação / Assessoria

Pipas já provocaram mais de mil ocorrências na rede elétrica do Maranhão em 2025 (Foto: Ilustração)

Com a chegada das férias de julho, sol e vento forte atraem crianças e adolescentes para a prática mais tradicional da estação: empinar pipas. A brincadeira, porém, vem acompanhada de um mapa de riscos que se repete a cada ano – choques elétricos, interrupções de energia e até mortes. Levantamento da distribuidora Equatorial Maranhão mostra que, só nos seis primeiros meses de 2025, foram registrados 1 160 incidentes envolvendo pipas em contato com cabos de alta tensão no estado. No ano passado inteiro, foram 3 239 ocorrências.

São Luís lidera o ranking com 393 casos, seguida por Imperatriz (77), São José de Ribamar (58), Timon (35) e Rosário (27). Cada registro representa, no mínimo, um trecho da rede danificado ou temporariamente desligado para reparo. Em situações mais graves, fios se rompem ou entram em curto-circuito, provocando blecautes em bairros inteiros.

Cerol e linha chilena: risco proibido

Parte do problema se agrava pelo uso de cerol e da linha chilena – versões turbinadas com vidro moído ou pó metálico. Além de cortar outras pipas e ferir motociclistas, esses produtos conduzem eletricidade, aumentando a chance de descarga fatal. Desde 2020, a Lei Estadual 11.344 proíbe fabricação, venda e manuseio do material, mas a fiscalização não dá conta de conter o comércio informal.

“Quando uma linha com cerol toca na rede, ela pode romper o revestimento dos fios e fechar curto. O resultado vai de choque grave a falta de luz em toda a vizinhança”, explica Gabriel Vieira, executivo de Segurança da Equatorial Maranhão. Segundo ele, as vítimas costumam ser adolescentes que tentam resgatar a pipa presa nos cabos usando varas metálicas ou até escadas.

Onde a brincadeira é segura?

Especialistas recomendam soltar pipas em locais abertos, longe de fiações: praias, campos de futebol e áreas descampadas dentro de parques. Ventos fortes exigem atenção redobrada porque lançam a pipa para muito além do ponto de partida. E, em dias de chuva com raios, a prática deve ser evitada.

Caso a pipa se enrosque nos cabos, a orientação é não tentar resgatar. A rede pode parecer desenergizada, mas está sob tensão. O correto é acionar a distribuidora pelo telefone 116 para que técnicos avaliem a necessidade de desligamento. Em caso de choque ou fio caído, os números de emergência são Samu (192) e Corpo de Bombeiros (193).

Dicas de segurança

Mantenha distância da rede elétrica: escolha áreas amplas, sem postes ou antenas por perto.

Proíba cerol e linha chilena: além de ilegais, transformam a linha em condutor elétrico.

Observe o clima: ventos fortes e trovoadas aumentam o risco de acidente.

Supervisão constante: crianças devem brincar acompanhadas de adultos.

Nunca recupere pipa presa em fio: espere que ela caia sozinha ou chame a companhia elétrica.

Empinar pipa faz parte da cultura maranhense, mas a diversão depende de cuidados simples. Negligenciá-los pode custar muito caro: vidas, equipamentos danificados e bairros inteiros sem energia.

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