A Polícia Civil do Maranhão solicitou a prisão preventiva do prefeito de Igarapé Grande, João Vitor Xavier, de 27 anos, pelo assassinato do soldado da Polícia Militar Geidson Thiago da Silva dos Santos, 39, no último domingo (6), durante uma vaquejada, na cidade de Trizidela do Vale.
A informação foi comunicada, na tarde dessa terça-feira (8), por meio das redes sociais do secretário de Segurança Pública, Maurício Martins, que destacou o avanço nas investigações do crime que vitimou o militar.
“A representação pela decretação da prisão foi feita pela 14ª Delegacia Regional de Pedreiras, que conduz as investigações do caso.
Reiteramos nossa solidariedade à família, amigos e companheiros de farda do soldado Dos Santos e reafirmamos o compromisso das forças de segurança com a apuração rigorosa dos fatos na busca pela verdade e justiça”, escreveu o secretário.
A decisão ocorreu um dia depois que o gestor se apresentou na Delegacia de Presidente Dutra, acompanhado de um advogado. Na ocasião, ele prestou depoimento, alegou ter cometido o crime em legítima defesa e foi liberado por ter ido ao local espontaneamente.
João Vitor também relatou, segundo a polícia, que se desfez da arma utilizada para atirar no PM e que não possui registro nem autorização para posse. Até o momento, o revólver, que teria sido um presente dado por um eleitor do prefeito, não foi localizado.
RELEMBRE O CRIME
Um desentendimento na noite de domingo (6), durante uma vaquejada, no Parque Maratá, em Trizidela do Vale, resultou no assassinato a tiros do soldado da Polícia Militar Geidson Thiago da Silva dos Santos, de 39 anos.
O principal suspeito dos disparos foi o prefeito de Igarapé Grande, João Vítor Xavier, de 27 anos. Imagens de câmera de segurança do local flagraram ele correndo para um veículo, logo após o crime, na companhia de amigos.
De acordo com o tenente-coronel Aguiar, comandante do 19º Batalhão, os primeiros levantamentos indicaram que a vítima, que estava de folga, se aproximou do gestor para reclamar sobre o farol alto de um carro que estava atingindo o rosto das pessoas que estavam sentadas.
“A informação que a gente tem é de que o prefeito foi até o carro, pegou a arma, chegou próximo do policial pelas costas e efetuou cinco tiros. Três no meio das costas, um no ombro e outro no braço”, explicou o tenente-coronel.
O militar destacou, ainda, que todos os ouvidos no local, destacaram que o soldado foi alvejado pelas costas. A informação refuta o relatado por familiares de João Vitor que afirmaram que o prefeito teria agido em legítima defesa.
Depois de baleado, o soldado Dos Santos foi socorrido e encaminhado ao hospital municipal de Pedreiras e, em seguida, para o Hospital Geral de Peritoró, onde chegou a passar por procedimento cirúrgico, mas não resistiu.