O prefeito de Igarapé Grande, João Vitor Xavier (PDT), que confessou ter matado o policial militar Geidson Thiago da Silva durante uma vaquejada no último domingo (6), formalizou à Câmara Municipal um pedido de licença do cargo por 125 dias. No documento, o gestor alega estar “profundamente abalado” e afirma que o afastamento é necessário por motivos médicos e para cuidar de sua defesa jurídica. Durante o período de afastamento, João Vitor continuará recebendo seu salário líquido de R$ 13.256,08. A solicitação ainda será analisada pelos vereadores.
Paralelamente, a Polícia Civil do Maranhão já solicitou à Justiça a prisão preventiva do prefeito, que responde por homicídio e porte ilegal de arma de fogo. Em depoimento à Delegacia Regional de Presidente Dutra, ele alegou ter agido em legítima defesa, após o policial, supostamente embriagado, sacar uma arma contra ele. Segundo João Vitor, os disparos foram feitos com um revólver calibre 38, sem registro, que teria recebido de um eleitor já falecido em Pernambuco.
A versão apresentada pelo prefeito, no entanto, é contestada por autoridades. O comandante do 19º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Claudiomiro Aguiar, declarou que “o tiro foi pelas costas”, com base em depoimentos de testemunhas que relataram que o policial havia apenas solicitado que o farol alto do carro fosse abaixado e já se retirava do local quando foi atingido.
João Vitor está em liberdade e, enquanto não houver decisão judicial contrária, poderá interromper a licença e reassumir a chefia do Executivo municipal a qualquer momento.