Luzivan Rodrigues da Conceição Nunes, acusado de ser o executor do assassinato do ex-prefeito de Barra do Corda (MA), Manoel Mariano de Sousa, conhecido como “Nenzim”, foi condenado a 14 anos de prisão em regime fechado. O julgamento ocorreu na quarta-feira (9), no Fórum Desembargador Sarney Costa, em São Luís, e se estendeu até a madrugada desta quinta-feira (10). O juiz Clésio Cunha, responsável pelo caso, negou ao réu o direito de recorrer em liberdade. Logo após a sentença, Luzivan foi transferido para o sistema penitenciário. Ele já cumpria pena por outro homicídio.
Luzivan era vaqueiro na fazenda da vítima e, segundo as investigações, teve participação direta na execução do crime, ocorrido em dezembro de 2017. Nenzim foi baleado na região do pescoço enquanto trafegava em uma caminhonete com seu filho, Manoel Mariano de Sousa Filho, o “Júnior do Nenzim”, que afirmou inicialmente que ambos teriam sido vítimas de um atentado. No entanto, as investigações revelaram contradições e indícios de premeditação.
Em maio deste ano, Júnior do Nenzim foi condenado a 16 anos de prisão em regime fechado por envolvimento direto no assassinato do pai. O Ministério Público apontou que o filho teria planejado o crime e contratado Luzivan para executá-lo, motivado por conflitos familiares e financeiros relacionados à gestão de bens da família. A Justiça classificou o homicídio como triplamente qualificado: por motivo torpe, mediante dissimulação e com recurso que dificultou a defesa da vítima.
Manoel Mariano de Sousa, que exerceu vários mandatos como prefeito de Barra do Corda, era uma figura influente na política local. A condenação de seu filho e do executor encerram um ciclo de investigações que se arrastou por anos e provocou comoção no estado.