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Aumento de bronquiolite em bebês acende alerta em São Luís

A situação preocupa especialistas, especialmente durante os meses mais secos e frios do ano.

Fonte: Com informações da Natus Lumine
Com a chegada do tempo seco e frio, os casos de bronquiolite têm aumentado (Foto: Reprodução)

O número de casos de bronquiolite — infecção viral respiratória que atinge especialmente crianças pequenas — tem aumentado de forma preocupante em São Luís e em outras regiões do país nos últimos meses. A tendência coincide com o período mais seco e frio do ano, época em que o vírus sincicial respiratório (VSR), principal causador da doença, costuma se espalhar com maior intensidade.

Dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) apontam para um crescimento expressivo de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças de até dois anos entre os meses de janeiro e julho, com impacto direto na rede pediátrica de urgência e emergência.

A bronquiolite tem início com sintomas semelhantes aos de um resfriado comum — como coriza, tosse e febre baixa —, mas pode evoluir rapidamente para um quadro mais grave, com dificuldade respiratória, chiado no peito e problemas na alimentação, principalmente em bebês com menos de seis meses de vida.

Sintomas que requerem atenção

Profissionais da saúde alertam os pais e responsáveis para os sinais de agravamento da doença. Entre os principais sintomas estão:

  • Respiração acelerada ou com esforço;

  • Chiado ou ruídos ao respirar;

  • Episódios de apneia (pausas na respiração);

  • Dificuldade para mamar ou ingerir líquidos;

  • Sinais de desidratação;

  • Sonolência excessiva;

  • Lábios ou extremidades azuladas (cianose);

  • Febre persistente acima de 38 °C.

Embora a maioria dos casos possa ser tratada em casa, estima-se que entre 0,5% e 2% dos bebês com bronquiolite necessitem de internação hospitalar, e até 1% dos casos evoluam para cuidados intensivos em UTI neonatal, segundo o Manual MSD.

Prevenção é o melhor remédio

Especialistas reforçam que a prevenção ainda é a melhor forma de proteção. Algumas medidas eficazes incluem:

  • Lavar frequentemente as mãos e utensílios;

  • Evitar contato com pessoas gripadas ou resfriadas;

  • Manter os ambientes arejados;

  • Estimular o aleitamento materno exclusivo;

  • Vacinar gestantes com a vacina contra o VSR, recentemente aprovada;

  • Para casos específicos, considerar o uso do anticorpo monoclonal palivizumabe.

A pediatra Patrícia Teixeira, supervisora da UTI Neonatal e Pediátrica do Natus Lumine Hospital e Maternidade, destaca o papel do atendimento rápido e do cuidado humanizado:

“A bronquiolite pode ser assustadora para as famílias, mas com atendimento adequado e medidas de prevenção, a maioria dos bebês se recupera bem. Nosso compromisso é oferecer assistência de excelência para garantir tranquilidade e cuidado em todos os momentos.”

E nos casos leves?

Em situações mais brandas, os cuidados domiciliares podem ser suficientes. Recomenda-se a lavagem nasal com soro fisiológico, manter a amamentação e oferecer líquidos com frequência. Antitérmicos devem ser usados apenas com prescrição médica. O uso de antibióticos e broncodilatadores sem orientação é desaconselhado, já que a maioria dos quadros é viral.

O alerta está dado: atenção redobrada com os pequenos durante os próximos meses, quando o ar seco e as temperaturas mais amenas favorecem a circulação de vírus respiratórios.

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