
O Maranhão encerrou o primeiro semestre de 2025 com um saldo positivo de US$ 495,3 milhões em sua balança comercial, resultado impulsionado pelo forte desempenho das exportações, que totalizaram US$ 2,5 bilhões no período. As importações, por sua vez, somaram pouco mais de US$ 2 bilhões. Os dados são do COMEXSTAT/MDIC, analisados pelo Observatório da Indústria do Maranhão, ligado à Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA).
Exportações: soja lidera e China segue como principal destino
No segundo trimestre deste ano, de abril a junho, as exportações maranhenses somaram US$ 1,4 bilhão. Apesar de uma queda de 6% em relação ao mesmo período de 2024, o estado ampliou sua participação nas exportações do Nordeste, passando de 20% para 23,8%. Com esse desempenho, o Maranhão consolidou-se como o segundo maior exportador da região.
A pauta exportadora segue concentrada em poucos produtos. A soja lidera com folga, respondendo por US$ 740,3 milhões (50,9%) do total exportado no segundo trimestre. Em seguida, aparecem “Alumina e alumínio”, com US$ 311,4 milhões (21,4%), e “Celulose”, com US$ 202 milhões (13,9%). Produtos como “Ouro bruto/semimanufaturado” e “Minérios de ferro” também integram a lista, embora este último tenha registrado queda de 46% em comparação a 2024.
A China permanece como principal destino das exportações maranhenses, absorvendo US$ 612,5 milhões (42,1%) entre abril e junho, com forte demanda por soja. O Canadá aparece em segundo lugar com US$ 271,5 milhões (18,7%), especialmente por alumínio e alumina, seguido pelos Estados Unidos, que importaram US$ 128 milhões (8,8%), com destaque para a celulose.
Importações em alta, com destaque para combustíveis
No mesmo período, o Maranhão importou US$ 1,1 bilhão, ocupando a terceira posição entre os estados do Nordeste. As importações aumentaram 17,3% em relação ao segundo trimestre de 2024, puxadas principalmente pela compra de “Óleos de petróleo ou de minerais betuminosos”, que somaram US$ 654,1 milhões — o equivalente a 59,2% da pauta importadora.
Os Estados Unidos lideraram como principal origem das importações, com US$ 533,2 milhões (48,3% do total), seguidos por Rússia (US$ 233,4 milhões), Egito e China.
Perspectivas e desafios
O superávit registrado no primeiro semestre reflete a resiliência do comércio exterior maranhense, mesmo diante de um cenário global instável. A diversificação de produtos e o fortalecimento das relações comerciais com parceiros estratégicos têm contribuído para manter um fluxo consistente de exportações.
Segundo a FIEMA, o desafio agora será sustentar esse desempenho nos próximos trimestres, mantendo a competitividade dos principais produtos e explorando novos mercados para ampliar a base exportadora do estado.