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Família denuncia invasão e agressões por parte de policiais militares em São Mateus

A entrada dos agentes no imóvel foi filmada por câmeras de segurança e moradores da casa.

Fonte: Redação

A entrada dos agentes no imóvel foi filmada por câmeras de segurança e moradores da casa (Foto: Reprodução)

Uma família do município de São Mateus do Maranhão, a 180 km de São Luís, denunciou ter sido alvo de uma ação violenta da Polícia Militar na noite do último sábado (13). Segundo os moradores, policiais invadiram a residência sem apresentar mandado judicial e agiram com truculência, agredindo uma mulher e causando pânico entre crianças, incluindo um bebê de cinco meses e uma criança autista.

A entrada dos agentes no imóvel, registrada por volta das 20h54, foi filmada por câmeras de segurança e por moradores da casa. Nas imagens, os policiais alegam buscar entorpecentes, e em determinado momento um dos agentes afirma ter encontrado drogas no local — informação negada pela dona de casa Ilana Almeida, moradora da residência.

Ilana relata que, durante a ação, os policiais desligaram o disjuntor da casa para impedir as filmagens, tomaram seu celular e a agrediram fisicamente. Ela afirma ter precisado de atendimento médico após o episódio. A mulher também denuncia que sua filha de seis anos, diagnosticada com autismo, foi interrogada pelos policiais e está traumatizada. “Eles quebraram meu celular, me agrediram verbal e fisicamente, e minha filha está em choque com o que aconteceu”, relatou.

Ainda segundo a família, o companheiro de Ilana já havia sido levado por policiais para uma área de mata, onde teria sido submetido a agressões e tortura. A denúncia foi formalizada em boletim de ocorrência, mas os episódios de violência teriam continuado.

O comandante do Batalhão da PM em São Mateus, major Hamilton Albes, afirmou que tomou conhecimento do caso apenas pela imprensa e prometeu abrir um procedimento investigativo a partir desta segunda-feira (21). Já a Polícia Militar do Maranhão, por meio de nota oficial, declarou que não compactua com abusos e que será instaurado um processo administrativo para apurar a conduta dos envolvidos.

As denúncias levantam novos questionamentos sobre a atuação das forças de segurança no interior do estado e sobre o uso desproporcional da força em comunidades vulneráveis. O caso segue em investigação.

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