Confira quais produtos brasileiros não serão taxados pelos Estados Unidos

Para o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, o número de exceções surpreendeu positivamente

Fonte: Da redação

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) o decreto que confirma a aplicação de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, medida que ele havia anunciado anteriormente como resposta a políticas do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Apesar do impacto esperado, a extensa lista de 694 produtos que ficaram de fora da taxação trouxe um alívio para exportadores brasileiros, já que inclui itens estratégicos como suco de laranja, celulose e aeronaves fabricadas pela Embraer.

Para o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, o número de exceções surpreendeu positivamente. “A lista atenuou claramente o tarifaço. Muitos produtos foram retirados da taxação, algo que ninguém esperava. Foi uma surpresa favorável para o Brasil”, afirmou.

Entre os produtos com maior peso na pauta exportadora para os Estados Unidos, apenas carnes e café sofrerão a nova alíquota extra de 40%, que se soma aos 10% já em vigor, resultando na tarifa total de 50%. A medida entrará em vigor em sete dias, conforme previsto na ordem executiva emitida pela Casa Branca.

O documento assinado por Trump tem um tom fortemente político, com críticas diretas ao governo brasileiro e menções ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O texto acusa o Brasil de adotar práticas que “ameaçam a segurança nacional, a política externa e a economia dos Estados Unidos”, além de afirmar que há “violações de direitos humanos” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores.

Segundo a ordem executiva, o governo brasileiro teria “coagido empresas americanas a censurar discursos políticos, entregar dados de usuários e alterar políticas de moderação sob ameaça de sanções”, atitude classificada como “tirânica e arbitrária” por Washington. A Casa Branca afirma que a medida busca proteger empresas e cidadãos norte-americanos, bem como salvaguardar a liberdade de expressão e promover eleições consideradas livres e justas.

A decisão marca uma nova fase de tensão nas relações comerciais e diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos, ao mesmo tempo em que abre espaço para negociações em torno das exceções e possíveis desdobramentos econômicos para os dois países.

Confira AQUI a lista completa dos produtos

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