Dois policiais militares foram condenados pelo Tribunal do Júri de Balsas a 14 anos de prisão pela morte de Karina Brito Costa, de 23 anos, e pela tentativa de homicídio contra sua irmã, Kamila Brito Ferreira. O crime ocorreu em dezembro de 2016, após perseguição na madrugada, quando as vítimas retornavam de um velório.
De acordo com a denúncia do Ministério Público do Maranhão (MP-MA), os policiais Bruno Rafael Moraes e Raifran de Sousa Almeida seguiam em um carro descaracterizado e passaram a perseguir o veículo das irmãs. Assustadas, elas tentaram fugir pela BR-230, mas foram alvejadas por diversos disparos. Karina foi atingida por 17 tiros e morreu no local. Kamila conseguiu sobreviver.
Na época, os réus participavam de uma operação conjunta das polícias Civil e Militar para localizar suspeitos de assaltos a agências bancárias em Fortaleza dos Nogueiras. Durante a ação, decidiram seguir o carro das vítimas, confundindo-as com criminosos.
Decisão judicial
O júri reconheceu a autoria, a materialidade e a qualificadora de dificultar a defesa das vítimas, resultando na condenação de ambos. No entanto, eles poderão recorrer em liberdade, com base em decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que permite essa medida para policiais em serviço que tenham respondido ao processo em liberdade, possuam residência fixa e vínculos familiares.
Segundo a Justiça, um dos réus é pai de uma criança com deficiência e o outro está em tratamento psicológico. Outros dois policiais que chegaram a ser investigados foram absolvidos na fase de instrução.