Homens ainda evitam cuidar da saúde e vivem menos que as mulheres no Brasil

Mesmo com campanhas como o Agosto Azul, exames preventivos ainda não fazem parte da rotina da maioria dos homens

Fonte: Tayã Santana
(Foto: Pressfoto-Freepik)

Apesar de campanhas como o Agosto Azul, muitos homens ainda evitam procurar atendimento médico, o que impacta diretamente na expectativa de vida. Segundo o IBGE, em 2023, a média masculina no Brasil foi de 73,1 anos — 6,6 anos a menos que a feminina (79,7 anos).

Dados do Ministério da Saúde mostram que apenas um em cada quatro atendimentos de adultos na atenção primária do SUS envolve homens, que, em geral, só buscam auxílio em casos de urgência. Para o clínico geral Claudio Souza de Paula, a prevenção anual, com exames básicos e acompanhamento médico, poderia evitar grande parte das doenças graves.

O câncer de próstata lidera entre os diagnósticos, seguido pelos de pulmão, intestino e bexiga. Exames como PSA, colonoscopia e radiografia de tórax (no caso de fumantes) são fundamentais para o diagnóstico precoce.

Especialistas também apontam fatores culturais: normas que associam masculinidade à autossuficiência dificultam a busca por ajuda médica. Para a psicóloga Andresa Souza, quebrar esse padrão é essencial: “Procurar ajuda não é fraqueza, é responsabilidade com a própria vida”.

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