Planos de saúde passam a ser obrigados a cobrir implante contraceptivo Implanon

Planos de saúde passam a cobrir o implante contraceptivo Implanon, eficaz por três anos

Fonte: Da redação

A partir desta segunda-feira (1º), os planos de saúde passam a ter cobertura obrigatória para o implante contraceptivo hormonal Implanon, destinado a pessoas entre 18 e 49 anos. O dispositivo previne a gravidez por até três anos e recentemente também foi incorporado ao SUS (Sistema Único de Saúde), com previsão de oferta na rede pública ainda em 2025.

O Implanon libera etonogestrel, derivado sintético da progesterona, hormônio essencial para o ciclo menstrual e para a gestação. Para especialistas, a medida amplia o acesso das mulheres a um método altamente eficaz, seguro e de longa duração, considerado especialmente útil para jovens. “Com o implante, não existe o risco de esquecer de tomar a pílula, o que reduz as chances de uma gravidez não planejada”, explica a ginecologista Ana Paula Fabrício.

A inserção é feita em consultório, sob anestesia local, por meio de um aplicador que coloca uma pequena haste flexível sob a pele do braço. A remoção também é simples, exigindo apenas uma pequena incisão. Embora o procedimento seja seguro, podem ocorrer efeitos adversos como dor, hematoma, inchaço ou, em casos mais raros, infecção.

Apesar da eficácia elevada — taxa de falha de apenas 0,05%, contra índices que variam entre 0,2% e 0,8% no DIU —, o implante não é indicado para todas as mulheres. O método deve ser evitado por quem tem histórico de câncer de mama, doenças hepáticas graves, sangramento vaginal sem diagnóstico ou alergia ao etonogestrel. Por isso, a recomendação é que cada paciente seja avaliada individualmente pelo médico antes da indicação.

Em caso de negativa de cobertura, o usuário deve acionar a operadora do plano e, se não houver solução, registrar reclamação na ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar). A Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde) afirmou em nota que orienta suas 140 operadoras associadas a seguirem a determinação da agência reguladora.

“A Abramge reafirma seu compromisso com o fortalecimento do sistema de saúde suplementar, garantindo não apenas a continuidade da assistência aos 52,9 milhões de beneficiários, mas também sua expansão com sustentabilidade e qualidade”, destacou a entidade.

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