A Seleção Brasileira Masculina de vôlei protagonizou um capítulo doloroso em sua história no Mundial. Pela primeira vez desde sua estreia em 1956, a equipe foi eliminada ainda na fase de grupos, após perder por 3 sets a 0 para a Sérvia e depender de um tropeço da República Tcheca, que não veio. Os europeus superaram a China sem dificuldades e garantiram a classificação.
O resultado representa o pior desempenho brasileiro no torneio, superando até os distantes 9º e 13º lugares das décadas de 1960. Acostumado a finais e títulos — foram três conquistas sob o comando de Bernardinho (2002, 2006 e 2010) — o Brasil se despede de forma precoce, longe da tradição de potência mundial.
O drama foi intensificado por um episódio fora das quadras: a morte de Maria Ângela Rocha Rezende, mãe do técnico Bernardinho, noticiada pouco antes da partida decisiva. Emocionado, o treinador chorou durante o hino nacional e não escondeu o impacto da perda pessoal.
Dentro de quadra, além do desempenho aquém do esperado, houve até uma cena insólita: por alguns instantes, a Sérvia chegou a atuar com sete jogadores em quadra, sem que a arbitragem percebesse. O lance gerou protestos, mas não alterou o rumo da partida.
Com a eliminação, a Seleção abre espaço para reflexões profundas sobre seu futuro e sobre a reconstrução de um projeto vencedor, em meio ao desafio de se manter relevante no cenário internacional.