Ao desenvolver a Penumbro Terapia Holística Epigenética (TCA – Terapia Centrada no Ambiente), parti de uma pergunta simples: o que no ambiente nos adoece?. A resposta é evidente, mas pouco enfrentada: o ambiente moderno se tornou um grande produtor de doenças.
Ruídos físicos (sonoros e ambientais)
O trânsito intenso, com buzinas, freadas e congestionamentos, já seria suficiente para nos desequilibrar. Somam-se a isso máquinas de obras, britadeiras, motores industriais, aviões e aeroportos. Não bastasse, vivemos cercados por música em volume excessivo em bares, casas e, sobretudo, pelas infernais radiolas de fim de semana que atormentam moradores, hospitais, idosos, crianças e doentes, sem que ninguém consiga agir. Até eletrodomésticos barulhentos — liquidificadores, aspiradores e freezers — completam a lista.
O resultado é aumento de cortisol, dificuldades para dormir e, em longo prazo, perda auditiva e esgotamento emocional.
Ruídos sociais (informacionais)
O segundo tipo de ruído é invisível, mas igualmente nocivo. São os ruídos informacionais: excesso de notificações digitais, propagandas invasivas, fake news, excesso de reuniões com falas simultâneas. Ambientes superlotados e caóticos, como shoppings e transportes públicos, agravam o quadro.
O preço é a fadiga mental, a perda da concentração e uma sensação permanente de aceleração.
Um mundo acelerado e adoecido
Vivemos em um cenário em que a guerra pelo espaço sonoro transformou cidades em ambientes hostis. Carros de som, radiolas de bairro, festas que se escoram na “cultura” do reggae de paredão, propagandas eleitorais, ruas comerciais travando batalhas de microfones e caixas de som. O efeito é um aspecto infernal que deixa como herança uma geração de surdos, ansiosos e estressados.
Não é surpresa que o trânsito se torne palco de agressões e mortes, que os hospitais estejam sempre lotados e que a depressão e a ansiedade tenham se tornado o mal do século. O ambiente que deveria nos nutrir, nos adoece.
O caminho da cura
A Penumbro Terapia Holística Epigenética nos lembra que é impossível separar saúde de ambiente. Silêncio, penumbra, contato com a natureza, organização dos espaços e estímulos adequados reduzem a sobrecarga sensorial, regulam o cortisol e permitem que o corpo recupere sua capacidade natural de equilíbrio.
Mas para que isso seja realidade em escala coletiva, não basta ação individual: são necessárias políticas públicas sérias que garantam a efetividade da lei do silêncio, com fiscalização e medições de decibéis respeitadas. Só assim poderemos reduzir a poluição auditiva e visual, devolver o descanso às cidades e restaurar o direito de viver em paz.
Enfim, curar o ambiente é curar o ser humano. A mudança depende tanto da consciência individual quanto do compromisso coletivo de criar espaços menos hostis. É nesse caminho que a Penumbro Terapia aponta: um ambiente mais saudável, equilibrado e humano.
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