A advogada criminalista Kamila Cristina Rodrigues dos Santos foi executada a tiros por volta das 7h desta segunda-feira (22) na Rua Otaviano Fabri, bairro Ermelinda, Região Noroeste de Belo Horizonte. O atirador chegou em um carro, desceu armado, efetuou vários disparos e fugiu em seguida. Ninguém foi preso até o momento.
Imagens de câmeras de segurança registraram a ação. Kamila estava ao lado de um furgão amarelo, chegou a abrir a porta do veículo e, segundos depois, foi abordada pelo criminoso. A Polícia Militar recolheu ao menos dez cápsulas deflagradas no local.
De acordo com familiares, o furgão era usado por Kamila e o namorado para entregas de chope. Ele esteve na cena após o crime.
Nas redes sociais, Kamila se apresentava como advogada criminalista e atuava também nas áreas cível, de família e trabalhista. O corpo foi removido por volta das 11h30 ao Instituto Médico-Legal (IML).
Investigação
A Polícia Civil abriu inquérito e realizou perícia no local do crime. A linha de investigação inicial ainda não divulgou motivação. Testemunhas serão ouvidas e as imagens analisadas para identificar autores e rota de fuga.
Reação da OAB
Em nota, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) lamentou a morte, classificou o caso como “afronta à advocacia e ao Estado Democrático de Direito” e defendeu medidas urgentes de segurança para a categoria — incluindo debate sobre porte de armas, equiparação com outras carreiras jurídicas e tipificação como crime hediondo de homicídios contra advogados. A entidade informou que criou uma comissão para acompanhar o inquérito e cobrar punição aos responsáveis.