Dados revelados pelo Censo Demográfico divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que três cidades do Maranhão estão entre as que possuem a menor renda domiciliar per capita do Brasil.
Belágua, Cachoeira Grande, Primeira Cruz, Humberto de Campos e Maraja do Sena amargam os piores números. Completam a lista, Bagre (PA), Manari (PE), São Paulo de Olivença (AM) e Tonantins (AM). Nessas cidades, a renda variou de R$ 388 a R$ 432.
De acordo com o instituto, as dez cidades com os maiores rendimentos per capita ficam nas regiões Sudeste e Sul. São Caetano do Sul (R$ 3.885), na Grande São Paulo, aparece na segunda colocação, atrás apenas de Nova Lima (R$ 4.300).
Florianópolis (R$ 3.636) e Balneário Camboriú (R$ 3.584), ambas em Santa Catarina, aparecem na terceira e na quarta posições.
Niterói (R$ 3.577), na região metropolitana do Rio de Janeiro, e Santana de Parnaíba (R$ 3.465), na Grande São Paulo, vêm depois. Marema (SC), Vitória (ES), Petrolândia (SC) e Tunápolis (SC) fecham a lista das dez primeiras.
A relação tem cinco municípios catarinenses e duas capitais (Florianópolis e Vitória). “Nova Lima, São Caetano do Sul e Santana de Parnaíba são cidades de porte médio dentro de regiões metropolitanas. Acabam funcionando como local de residência das pessoas com rendimento mais alto em cada região metropolitana”, disse Bruno Perez, do IBGE.
“São Caetano do Sul e Balneário Camboriú estão entre os municípios mais verticalizados do país, com maior proporção de apartamentos”, acrescentou o pesquisador, em referência a dados do Censo divulgados anteriormente.
O IBGE não divulgou dados diretamente comparáveis do Censo anterior, relativo a 2010. De acordo com o órgão, o levantamento teve mudanças metodológicas em 2022 na análise do mercado de trabalho.
A comparação entre as duas pesquisas exigiria o que o IBGE chamou de “compatibilização” dos conceitos, ainda não disponível para todos os recortes.
Um ranking do Censo 2010 apontava São Caetano do Sul com a maior renda per capita nominal do país. Nova Lima aparecia na sétima posição à época.
Marajá do Sena (MA), por sua vez, tinha o valor mais baixo do país em 2010. A cidade registrou a nona menor marca em 2022. Uiramutã possuía a quinta renda mais baixa em 2010.
Nova Lima também liderou em 2022 o ranking relativo ao rendimento médio obtido apenas com o trabalho pela população ocupada de 14 anos ou mais.
O valor foi de R$ 6.929 por mês na cidade. São Caetano do Sul veio na sequência (R$ 6.167).
Cachoeira Grande (MA) teve a menor renda do trabalho: R$ 759.