São Luís registrou a maior inflação entre todas as capitais brasileiras em setembro, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira (9). O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 1,02% na capital maranhense, mais que o dobro da média nacional, que ficou em 0,48%. O aumento foi impulsionado principalmente pelo forte reajuste na conta de energia elétrica residencial e pela alta no preço do café moído.
A disparada no custo de vida dos ludovicenses foi liderada pelo aumento de 27,3% nas tarifas de energia, consequência direta do reajuste de 17,46% autorizado para a Equatorial Maranhão no fim de agosto. A elevação foi a maior registrada entre todas as regiões pesquisadas pelo IBGE e fez da capital maranhense o destaque individual do país no mês. O café moído também teve impacto relevante no orçamento das famílias, com alta de 4,31%.
O grupo Habitação foi o principal responsável pela alta do IPCA, com variação de 9,37% em setembro, seguido por Despesas pessoais (0,48%) e Saúde e cuidados pessoais (0,60%). Em contrapartida, a categoria Alimentação e bebidas apresentou queda de 1,06%, puxada pela redução nos preços de tubérculos, raízes e legumes, que recuaram 13,63%. Já as bebidas e infusões (2,15%) e as carnes e peixes industrializados (1,41%) registraram aumento.
São Luís superou cidades como Vitória (0,76%) e Goiânia (0,75%) no ranking nacional de inflação. Salvador teve o menor IPCA do país em setembro, com 0,17%, beneficiada pela redução nos preços dos alimentos e dos seguros. No acumulado de 2025, a inflação na capital maranhense soma 3,65%, e em 12 meses atinge 5,32%, acima da média nacional de 5,17%. Entre as famílias com renda de até cinco salários mínimos, o INPC avançou 0,95% no mês, também superando a média do país, de 0,52%.