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Maranhão e mais dois estados terão programa para restauração florestal em terras indígenas

Edital do BNDES e parceiros financia recuperação florestal, certificação de carbono e agricultura familiar indígena em três estados

Fonte: Da redação

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou nesta sexta-feira (10) o lançamento de um novo edital de R$ 10 milhões para financiar projetos de restauração florestal em terras indígenas, no âmbito do programa Floresta Viva. A iniciativa contempla uma área potencial que abrange 61 territórios indígenas nos estados de Mato Grosso, Tocantins e Maranhão, com foco na recuperação ambiental e no fortalecimento de práticas sustentáveis.

O edital é resultado de uma parceria entre o BNDES, a Fundação Bunge e a Agrícola Alvorada S/A, com recursos não reembolsáveis distribuídos entre as instituições: 50% do aporte virá do banco de fomento, 40% da fundação e 10% da empresa agrícola. Além da restauração de áreas degradadas, os projetos selecionados terão apoio para gestão e certificação de carbono, contribuindo diretamente para o Arco da Restauração — iniciativa conjunta do BNDES e do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) voltada à recuperação de biomas estratégicos na Amazônia.

De acordo com o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, a proposta vai além da conservação ambiental ao integrar também o estímulo à agricultura familiar indígena. “Este edital apoia projetos que recuperam áreas degradadas em uma zona de transição entre a Amazônia e o Cerrado, fundamental para a regulação hídrica e a estabilidade climática. O BNDES tem usado diversos instrumentos para apoiar a conservação e o restauro dos biomas brasileiros”, afirmou.

A iniciativa prevê ainda a implementação de sistemas agroflorestais em comunidades indígenas, combinando produção agrícola e reflorestamento. Para Rossano de Angelis Junior, vice-presidente de agronegócio e country manager da Bunge no Brasil, a parceria representa um passo importante para o fortalecimento de uma agricultura mais sustentável. “Ao unirmos esforços, ampliamos o impacto das ações de restauração e das práticas regenerativas no campo. O projeto Semêa, dentro do nosso programa de Agricultura Regenerativa, inclui tanto grandes produtores quanto pequenos agricultores e povos tradicionais nas práticas por uma economia de baixo carbono”, disse.

O programa Floresta Viva, lançado pelo BNDES, já mobilizou cerca de R$ 358 milhões distribuídos em 13 editais e mais de 80 projetos aprovados ou em fase de aprovação. Segundo o banco, os recursos já comprometidos permitirão a restauração de mais de 10 mil hectares de áreas degradadas em diferentes biomas do país, reforçando a agenda de sustentabilidade e combate às mudanças climáticas.

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