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Operação em São Luís prende assessora parlamentar que tentava entregar R$ 400 mil em dinheiro na Alema

Polícia Federal prende três pessoas por esquema que desviou recursos de emendas parlamentares e apreende R$ 419 mil em espécie

Fonte: Da redação

A Polícia Federal prendeu em flagrante, nesta sexta-feira (17), três pessoas suspeitas de integrar um esquema de lavagem de dinheiro ligado ao desvio de recursos públicos no Maranhão. A operação, realizada em São Luís, teve como foco o núcleo financeiro responsável por movimentar verbas ilícitas e apreendeu R$ 419.350,00 em espécie com os investigados. O total dos valores supostamente desviados já ultrapassa R$ 2 milhões.

De acordo com a investigação, o grupo atuava por meio de um esquema envolvendo emendas parlamentares estaduais destinadas a entidades culturais fictícias. Essas instituições eram contratadas para realizar eventos que, segundo os investigadores, jamais ocorreram. O dinheiro repassado era então retirado dos bancos em pequenos saques para dificultar o rastreamento da origem dos valores.

Uma das presas, que atuava como assessora parlamentar, foi flagrada no momento em que tentava entregar uma mochila com cerca de R$ 400 mil na Assembleia Legislativa do Maranhão. O montante havia sido retirado de uma conta minutos antes. Para a PF, a dinâmica indica a existência de uma estrutura organizada para dissimular a movimentação do dinheiro e reinseri-lo na economia com aparência de legalidade.

“Existem fartos elementos informativos indicando que o valor apreendido com os flagranteados é proveniente dos crimes de peculato e corrupção passiva, uma vez que os recursos eram destinados à realização de um evento alusivo ao Dia das Crianças, em 12/10/2025, o qual não foi realizado, tendo o montante sido indevidamente repartido entre os conduzidos e, possivelmente, outras pessoas ainda não identificadas”, destacou a Polícia Federal no auto de prisão em flagrante.

Maria José de Lima Soares, presidente do Boi de Maracanã, e Ivan Jorge da Piedade Madeira, presidente da Companhia de Cultura Popular Catarina Mina.

As autoridades estimam que o esquema pode ter desviado mais de R$ 2 milhões em recursos públicos. O dinheiro teria como destino final atividades ilícitas, incluindo o financiamento de campanhas eleitorais com recursos de caixa dois.

Os detidos foram levados para a Superintendência Regional da Polícia Federal no Maranhão, onde foram autuados por lavagem de dinheiro, crime previsto no artigo 1º da Lei nº 9.613/1998, cuja pena pode chegar a 10 anos de prisão. As investigações seguem em andamento para identificar outros possíveis envolvidos, incluindo agentes públicos que possam ter se beneficiado com o esquema e mapear a rota final dos valores desviados.

Os presos foram:

  • Maria José de Lima Soares, presidente do Boi de Maracanã e representante da Banzeiro Grande Produções LTDA;
  • Larissa Rezende Santos, assessora da deputada estadual Andreia Rezende (PSB);
  • Ivan Jorge da Piedade Madeira, presidente da Companhia de Cultura Popular Catarina Mina.

A defesa de Larissa Rezende afirmou que os fatos alegados serão oportunamente esclarecidos no âmbito da investigação policial.

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