
O Governo do Maranhão anunciou um reforço no policiamento da Cidade Operária, em São Luís, após o assassinato do jovem Eduardo Lemos Martins, de 19 anos, ocorrido na noite de terça-feira (21). O caso provocou suspensão de aulas em quatro escolas do bairro e despertou preocupação entre pais e estudantes.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP-MA), mais de 150 policiais e 140 viaturas foram deslocados para patrulhar as áreas mais críticas, especialmente no entorno das unidades escolares. O reforço conta com a atuação integrada da Rotam, do Batalhão de Choque (BPChoque) e do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), com apoio do Centro de Inteligência da SSP.
“As equipes estão trabalhando de forma preventiva e ostensiva, com rondas contínuas e diálogo direto com a comunidade escolar. Nosso objetivo é garantir tranquilidade e evitar a propagação do medo”, informou a SSP em nota oficial.
A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) informou que está em constante diálogo com a SSP para garantir segurança e suporte às escolas da região. Das 14 unidades estaduais na Cidade Operária, quatro tiveram as aulas temporariamente suspensas como medida preventiva.
Além da ampliação do policiamento, a Seduc prepara um plano de ações socioeducativas e preventivas, que inclui:
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Palestras e rodas de conversa com psicólogos e agentes de segurança pública;
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Distribuição de panfletos informativos com canais oficiais de denúncia e apoio institucional;
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Reuniões com diretores e conselhos escolares para reforçar protocolos de segurança.
“Nosso compromisso é assegurar que o ambiente escolar continue sendo um espaço de paz e aprendizado. Estamos mobilizados, em parceria com a segurança pública, para proteger nossos alunos e profissionais”, destacou a Seduc.
Comunidade pede presença permanente
Na noite desta quarta-feira (22), uma audiência pública foi realizada no Centro de Ensino Maria José Aragão, reunindo moradores, lideranças comunitárias e representantes das forças de segurança. Durante o encontro, a população relatou medo de circular à noite e pediu a presença constante de viaturas e ações sociais voltadas à juventude.
A SSP informou que as operações de policiamento continuarão de forma ininterrupta, com patrulhas escolares diárias e monitoramento por inteligência policial.
“Não há registro de crimes dentro das escolas, mas nossa prioridade é ampliar a sensação de segurança e a confiança da comunidade”, reforçou o comando do Batalhão Escolar.