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Maranhão articula investimentos na Margem Equatorial em reuniões com Petrobras e ANP

Estado busca avançar em licenças, novos leilões e atração de capital para as bacias Pará-Maranhão e Barreirinhas.

Fonte: Redação / Assessoria
Presidente da Gasmar, Allan Kardec, e o diretor-geral da ANP, Artur Watt (Foto: Gilson Teixeira)

O Governo do Maranhão abriu, nesta sexta-feira (24), uma frente de articulação com a Petrobras e a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para destravar projetos de exploração de petróleo nas bacias Pará-Maranhão e Barreirinhas, que integram a Margem Equatorial Brasileira (MEB). Pela manhã, houve encontro na sede da Petrobras; à tarde, a pauta seguiu na ANP.

Representando o governador Carlos Brandão, o presidente da Companhia Maranhense de Gás (Gasmar), Allan Kardec, foi recebido pela presidente da Petrobras, Magda Chambriard. Segundo Kardec, a estatal avaliará oportunidades de investimento nas duas bacias. “Isso significa investimento em petróleo e gás, como no Amapá. Temos essa novidade com diálogo direto com a Petrobras”, afirmou.

À tarde, na ANP, Kardec se reuniu com o diretor-geral Artur Watt. De acordo com o dirigente da Gasmar, a agência planeja colocar novos blocos em licitação no mar maranhense, contemplando Barreirinhas e Pará-Maranhão. “O diretor-geral se mostrou entusiasmado e informou que a ANP apresentará os estudos em andamento”, disse.

Licenciamento e estudos técnicos

Além de potencial de investimento, a agenda tratou do licenciamento ambiental junto ao Ibama para atividades exploratórias nas duas bacias. O tema é apontado pelo governo estadual como etapa decisiva para o cronograma de leilões e perfurações.

Na quarta-feira (22), o Porto do Itaqui recebeu o navio Ramform Titan, da norueguesa TGS, para levantamentos sísmicos 3D nas bacias de Barreirinhas e Pará-Maranhão. A companhia conduz projetos para ampliar o conhecimento geológico da área e subsidiar futuras fases de exploração e produção. Segundo os levantamentos iniciais, há grandes estruturas com potencial para acumular hidrocarbonetos, em escala comparável às encontradas na Guiana.

Por que importa

As bacias maranhenses são consideradas estratégicas para o desenvolvimento do estado por combinarem geração de empregos, aumento de arrecadação e dinamização da cadeia de óleo e gás, especialmente em regiões de baixo PIB per capita.

Contexto: o que é a Margem Equatorial

A MEB se estende do Amapá ao Rio Grande do Norte e engloba cinco bacias sedimentares: Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar. É tratada por governo federal e Petrobras como uma das fronteiras exploratórias mais promissoras do país.
No início desta semana, o Ibama autorizou a Petrobras a perfurar um poço de prospecção na área, a cerca de 500 km da foz do rio Amazonas e 175 km da costa do Amapá.

Próximos passos

  • Petrobras: análise de cenários de investimento nas bacias Barreirinhas e Pará-Maranhão.

  • ANP: estudos técnicos e definição de blocos a serem incluídos em próximas rodadas de licitação.

  • Ibama: tramitação de licenças ambientais para atividades exploratórias no mar maranhense.

  • TGS: continuidade dos levantamentos sísmicos 3D, com novos dados para atração de operadoras e redução de risco exploratório.

“O amplo diálogo com Petrobras, ANP e Ibama é fundamental para transformar potencial em projeto, e projeto em investimento e emprego.”Allan Kardec, presidente da Gasmar.

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