
A Polícia Civil do Maranhão confirmou a prisão de Josué Santos da Silva, conhecido como “Gaspar”, um dos fundadores do Primeiro Comando do Maranhão (PCM), na manhã desta quinta-feira (30), em Taboão da Serra, na região metropolitana de São Paulo. A operação foi coordenada pelo Departamento de Combate ao Crime Organizado (DCCO/SEIC), com apoio da Polícia Civil paulista.
Segundo as investigações, Gaspar estava foragido desde 2022, quando não retornou ao presídio após a saída temporária do Dia das Crianças. Contra ele havia um mandado de recaptura expedido pela 1ª Vara das Execuções Penais de São Luís, com pena total superior a 40 anos de reclusão pelos crimes de homicídio, tráfico de drogas e associação criminosa.
Prisão em São Paulo
A captura aconteceu no bairro Jardim Record após monitoramento contínuo e cruzamento de informações entre os setores de inteligência das polícias do Maranhão e de São Paulo. A ação contou com apoio do Setor de Investigações Gerais (SIG/DISE), do Grupo de Operações Especiais (GOE) e de outras unidades da Delegacia Seccional de Taboão da Serra.
Após os procedimentos formais, o criminoso será transferido para o Maranhão, onde voltará ao sistema prisional para cumprir o restante da pena.
Histórico e influência criminosa
Gaspar é considerado uma das figuras mais influentes do PCM, facção responsável por diversos crimes no estado. Ele responde a mais de 18 processos e foi apontado como líder de uma organização criminosa armada que atuava na região da Cidade Olímpica, em São Luís.
Preso pela primeira vez em 2012, em Santa Rita (MA), por associação criminosa, porte ilegal de arma de fogo com numeração raspada e posse de drogas, Gaspar voltou a ser condenado em 2013, por roubo majorado, sendo posteriormente transferido para a Penitenciária Federal de Campo Grande (MS), junto com outros detentos de alta periculosidade.
Investigações da Polícia Civil revelam que, após a aliança entre o PCM e o Comando Vermelho (CV), Gaspar teria migrado para o CV, assumindo posição de liderança estratégica. Mesmo preso, ele continuava dando ordens a integrantes da facção, inclusive em julgamentos internos conhecidos como o “tribunal do crime”.