Por Patrícia Bogéa de Matos, fisioterapeuta, Esp. Microfisioterapia, Leitura Biológica, Terapia Manual, Terapia Cranio Sacral e Psych-k
A crescente falta de empatia nas relações humanas tem se tornado um sinal preocupante de adoecimento emocional. O descaso de uma pessoa com o outro pode revelar um quadro de fragilidade interna e feridas emocionais que precisam de atenção e cuidado.
O ser humano possui inúmeras potencialidades – entre elas, a capacidade de servir e se conectar com o próximo. Quando essa disposição diminui, é possível que algo mais profundo esteja em desequilíbrio. A perda da sensibilidade, da serenidade e do zelo nas interações pode indicar uma desconexão consigo, refletida em atitudes impulsivas, incongruentes e disfuncionais.
O primeiro passo para reverter esse quadro é desenvolver a autopercepção; a habilidade de reconhecer quando os pensamentos e comportamentos fogem da normalidade e comprometem a convivência. A aceleração emocional e mental, muitas vezes, impede o indivíduo de perceber o impacto de suas ações sobre o outro.
No contexto coletivo, o aumento de discursos de ódio, posturas rígidas e atitudes egoístas também é interpretado como reflexo de dores psíquicas que “sangram” silenciosamente e buscam acolhimento. Ficar atento às falas e atitudes que demonstram indiferença diante do sofrimento alheio é fundamental, pois elas podem ser um pedido inconsciente de ajuda.
Mais do que um problema social, o distanciamento emocional é um sintoma de que o ser humano precisa reencontrar o caminho da empatia e do cuidado consigo e com o outro.