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Adolescentes foram mortos por morarem em área dominada por facção, segundo polícia

Vítimas desapareceram no dia 20 de outubro, quando saíram para visitar as namoradas e não retornaram.

Fonte: Redação
Welison Ferreira e Victor Bruno estavam desaparecidos desde a última segunda-feira, 20 (Foto: Divulgação)

A Polícia Civil do Maranhão investiga a morte de Welisson Ferreira, 15 anos, e Victor Bruno Muniz da Silva, 16, encontrados encapuzados e com marcas de tiros na manhã de sexta-feira (31), em uma área de mata de Timon (MA). Os adolescentes — amigos de infância — desapareceram em 20 de outubro, quando saíram para visitar as namoradas e não retornaram.

Ainda conforme a polícia, os adolescentes foram executados por morarem em uma área dominada por um grupo rival.

Linha do tempo e o que se sabe

  • 20/out — Desaparecimento dos dois adolescentes, após terem saído da casa das namoradas.

  • 21/out — Segundo a investigação, os jovens teriam sido mortos no dia seguinte ao sumiço, após um suposto “tribunal do crime”.

  • 31/out — Corpos são localizados em área de mata utilizada por facções para ocultar objetos roubados e motocicletas, de acordo com a polícia.

  • Até 29/outTrês suspeitos detidos: Kauã (19) preso na quarta (29); Lucas preso em 21/out; e um adolescente com mandado de internação cumprido após prestar depoimento no DHPP de Timon.

    Dupla suspeita de envolvimento no desaparecimento de jovens foi encaminhada ao presídiio (Foto: Divulgação)
  • Diligências — Uma casa que teria servido de cativeiro foi identificada; mais de dez pessoas foram levadas à delegacia para esclarecimentos. As namoradas, adolescentes, foram apreendidas e encaminhadas a unidade de internação.

Território e dinâmica do crime

Segundo a PM e a Polícia Civil, o matagal no Regimento vinha sendo usado por facções como depósito e ponto de apoio para ilícitos. O tenente Fernando, da 1ª Companhia Independente de Motopatrulhamento do 11º BPM, citou povoamento recente e vicinais que dificultam o patrulhamento, favorecendo ações de criminosos.

O subsecretário de Segurança, coronel Schnneyder, afirmou que, apesar do difícil acesso, a integração de equipes e informações de inteligência permitiram localizar os corpos e dar resposta às famílias. Operações seguem em curso na região.

Voz das famílias

Meu filho não tinha nada a ver. Já foi constatado pela polícia que ele era inocente. Pegaram duas crianças para fazer nome dentro da facção”, lamentou Valdenê Pereira, pai de Victor.
A mãe, Antônia Kaline, pediu justiça e cobrou ações para que outras mães não passem pelo mesmo: “A gente vai lutar até o fim”.

Próximos passos

A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Timon conduz a investigação, com oitivas, análises periciais e rastreamento da cadeia de autoria. A Polícia Civil apura a responsabilização de adultos envolvidos e o vínculo dos suspeitos com facções rivais.

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