
O sistema de transporte coletivo da Grande São Luís pode enfrentar uma nova paralisação nos próximos dias. O aviso foi feito pelo presidente do Sindicato dos Rodoviários do Maranhão, Marcelo Brito, após empresas do setor deixarem de pagar os salários do mês passado — vencidos desde o dia 5 — e atrasarem a primeira parcela do 13º salário de parte dos trabalhadores.
Em pronunciamento publicado nas redes sociais, Brito afirmou que, se os pagamentos não forem regularizados imediatamente, o sindicato tomará medidas mais firmes, indicando a possibilidade de uma greve geral, o que voltaria a comprometer a circulação de ônibus na capital e municípios vizinhos.
Crise no sistema volta a se agravar menos de um mês após última paralisação
A nova ameaça ocorre em meio ao desgaste provocado pela recente paralisação da empresa 1001, encerrada apenas em 26 de novembro. Na ocasião, motoristas e cobradores suspenderam as atividades devido a atrasos salariais, benefícios pendentes e débitos com funcionários desligados.
O impasse só foi resolvido quando a Prefeitura de São Luís, por determinação do Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (TRT-16), liberou o subsídio destinado ao Sindicato das Empresas de Transporte (SET). A Justiça determinou que, após o repasse, as empresas tinham até 12 horas para quitar as pendências e restabelecer a operação plena dos ônibus.
Usuários enfrentam insegurança diante da instabilidade do sistema
Durante a paralisação anterior, moradores de mais de 30 bairros relataram frota reduzida, longos intervalos entre viagens, superlotação e maior dependência de transportes por aplicativo, cujo custo foi parcialmente bancado pela Prefeitura.
O sindicato afirma que a categoria está no limite e que a continuidade dos atrasos ameaça a estabilidade do serviço. A decisão sobre uma nova greve dependerá do posicionamento das empresas nos próximos dias.