Maranhão se destaca em levantamento
do Tesouro (Foto: Reprodução)
O Maranhão aparece em posição de destaque no Relatório Resumido de Execução Orçamentária em Foco – Estados e DF, referente ao 5º bimestre de 2025, divulgado nesta sexta-feira (19) pelo Tesouro Nacional. O levantamento analisa a execução orçamentária das 27 unidades da federação, considerando dados sobre receitas, despesas, investimentos, restos a pagar e evolução da dívida pública.
Embora não figure entre os estados com maior crescimento da receita corrente no período, o Maranhão se sobressai nos indicadores relacionados à qualidade do gasto público. Até o 5º bimestre de 2025, o Estado destinou 13% da receita total para investimentos, percentual que o coloca ao lado do Piauí e atrás apenas do Espírito Santo, líder do ranking com 15%.
Outro dado relevante do relatório é o controle das despesas com pessoal, que representaram 43% da receita estadual — um dos menores índices do país. O percentual é inferior ao registrado por estados como Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Tocantins, indicando maior margem fiscal para outras áreas estratégicas.
No cenário nacional, o Tesouro Nacional identificou crescimento das despesas correntes em todos os estados na comparação com o mesmo período de 2024, superando o aumento das receitas em 19 unidades da federação. Goiás, Paraíba e Alagoas apresentaram as maiores altas nos gastos, enquanto Rio de Janeiro, Roraima e Pará tiveram as menores variações.
Em relação à dívida consolidada, o Maranhão registrou aumento de 10%, índice semelhante ao observado no Piauí. Já estados como Rio Grande do Norte, Mato Grosso e Acre conseguiram reduzir seus níveis de endividamento. O relatório também detalha a distribuição dos gastos por função, com diferenças significativas entre os estados em áreas como educação, saúde e segurança pública, além do desempenho no pagamento de restos a pagar.
O RREO em Foco é uma publicação bimestral do Tesouro Nacional, elaborada com base em dados extraídos do Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro (Siconfi), e consolida a execução orçamentária dos poderes em todo o país.