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Como ler uma página de mercados cripto: preço, volume, liquidez e volatilidade para comparar ativos

Uma “página de mercados” (ou lista/screener) de criptomoedas é, basicamente, uma tabela para você se orientar rápido

Fonte: Assessoria
Imagem: Unsplash

Uma “página de mercados” (ou lista/screener) de criptomoedas é, basicamente, uma tabela para você se orientar rápido: quais ativos estão se mexendo, com que intensidade e com quanta atividade. Se você lê bem, ela te ajuda a comparar sem cair em impulsos. Se lê mal, só te empurra a perseguir porcentagens.

Aqui você vai aprender como ler uma página de mercados cripto.

O que uma página de mercados mostra e o que significa cada dado

A maioria das listas repete o mesmo “idioma” de colunas. O útil é saber para que serve cada uma:

  • Preço atual: o valor de referência do ativo naquele momento.
  • Variação do período (24h/7d/30d): quanto subiu ou caiu dentro do período escolhido (não é a mesma coisa 24h e 30d).
  • Volume (24h): quanta negociação houve no período; costuma funcionar como um sinal de atividade do mercado.
  • Oferta em circulação: aproximação de quantas unidades estão, de fato, nas mãos do público/mercado.
  • Capitalização (market cap): uma forma de estimar “tamanho”, geralmente calculada como preço × moedas/tokens em circulação.

Uma regra que ajuda: não compare só “% de variação”. Um +8% com muito volume costuma contar uma história diferente de um +8% com pouco volume. E, se você compara ativos de tamanhos muito diferentes, a capitalização te dá contexto de escala.

Liquidez: por que ela importa quando você compara criptomoedas

Dois ativos podem ter a mesma mudança percentual e, ainda assim, ser muito diferentes na hora de operar. O motivo costuma ser a liquidez: quão fácil é entrar e sair sem “pagar caro” no processo.

Numa página de mercados, a liquidez aparece (direta ou indiretamente) nestes sinais:

  • Volume 24h: mais volume costuma indicar mais participação.
  • Spread bid/ask: diferença entre o melhor preço de compra (bid) e o melhor preço de venda (ask). Um spread grande costuma indicar mais fricção (e aparece mais em mercados pouco líquidos ou em momentos tensos).
  • Slippage (deslizamento): quando você executa uma ordem e termina com um preço diferente do esperado, algo mais provável com pouca liquidez ou alta volatilidade.

Em poucas palavras: a liquidez define se a sua operação executa de forma “suave” ou se o mercado te “castiga” com spread e deslizamento. Para uma definição clara (em português) e totalmente educativa, a ANBIMA resume assim liquidez.

Como usar um screener de mercados para comparar ativos sem vieses

Um screener serve para filtrar e priorizar, não para decidir por você. Pense nele como “mapa” e no gráfico como “lupa”: primeiro você localiza; depois, confirma.

Em um listado de mercados (por exemplo, na Margex ou em qualquer página similar), você pode ordenar por variação e volume, filtrar por capitalização e abrir o detalhe para ver o gráfico. A ideia é usar essa tabela para comparar com critérios consistentes — não para correr atrás do número mais chamativo do momento.

Um método simples (e repetível) para comparar ativos:

Defina seu período (e respeite)
Escolha 24h, 7d ou 30d conforme seu objetivo. Trocar o período no meio da análise costuma confundir.

Ordene por um sinal útil (não por emoção)

  • Para “onde há movimento hoje”: ordene por variação 24h, mas confira o volume.
  • Para “onde há atividade real”: ordene por volume 24h.

Use a capitalização para evitar comparações injustas
Um ativo pequeno pode se mexer mais rápido (para o bem ou para o mal) do que um grande. A market cap te dá uma referência de tamanho (preço × circulação).

Interprete o conjunto (não uma coluna só)

  • Variação + volume: está se mexendo com participação?
  • Spread/slippage (se você vê ou intui): há fricção para executar?

Erros comuns que vale evitar

  • Se apaixonar pelo % e esquecer o volume.
  • Comparar 24h de um ativo com 30d de outro.
  • Assumir que “mais movimento” sempre é melhor, sem medir fricção (spread/deslizamento).

Com essa abordagem, o screener deixa de ser um ranking de “vencedores do dia” e vira uma ferramenta de leitura comparativa.

Volatilidade: como interpretar e tomar decisões melhores

Volatilidade descreve o quanto um preço “oscila”: quando é alta, as mudanças tendem a ser mais frequentes e intensas. Em finanças, costuma ser expressa como uma medida (muitas vezes em %) da variação no preço de um ativo em um período.

Para usar isso a seu favor (sem dramatizar), apoie-se em hábitos simples:

  • Se o dia estiver muito “nervoso”, olhe 2 períodos (por exemplo, 24h e 1M) antes de concluir.
  • Ajuste expectativas: alta volatilidade pode trazer oportunidades, mas também mais incerteza.
  • Cruze com volume e liquidez: com pouca atividade, as oscilações podem ser mais frágeis e o deslizamento mais provável.

E se você quiser uma definição breve e educativa (em português), o glossário da B3 explica aqui: volatilidade.

Conclusão: rotina rápida de 3 minutos para revisar mercados

Uma página de mercados é uma ferramenta de contexto. Se você usa com método, ela te ajuda a comparar melhor e a reduzir decisões impulsivas:

  • Olhe dois períodos antes de tirar conclusões (por exemplo, 24h + 1M).
  • Revise o volume para medir atividade real.
  • Considere liquidez/spread para não subestimar a fricção de entrar/sair.
  • Abra o gráfico depois de filtrar: tabela primeiro, lupa depois.
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