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Especialista lista 5 passos para começar 2026 com as finanças em ordem

Dados do Datafolha indicam que 43% da população não possui qualquer reserva financeira

Fonte: Da redação com Assessoria

O período de fim de ano concentra alguns dos maiores gastos do calendário financeiro das famílias brasileiras, impulsionado por despesas com festas, presentes e viagens, ao mesmo tempo em que antecede um mês tradicionalmente marcado por compromissos elevados, como IPVA, material escolar e seguros. Dados do Datafolha indicam que 43% da população não possui qualquer reserva financeira, enquanto 84% relataram ter enfrentado algum tipo de emergência ao longo do último ano, cenário que amplia a vulnerabilidade na transição para 2026.

Para Breno Nogueira, especialista em organização financeira, o desafio enfrentado pelas famílias não se resume à necessidade de reduzir gastos pontuais, mas envolve a construção de estratégias que permitam atravessar dezembro sem comprometer o orçamento do início do ano seguinte. Segundo ele, uma das falhas recorrentes está na forma como o décimo terceiro salário é encarado. Ao ser tratado como um recurso extraordinário, tende a estimular decisões menos criteriosas, enquanto sua incorporação ao orçamento regular contribui para uma distribuição mais racional entre despesas, dívidas e compromissos futuros.

Outro ponto destacado pelo especialista é o impacto do uso excessivo do crédito no fim do ano. Para quem busca reorganizar as finanças, o pagamento à vista tende a aumentar a percepção real do gasto, enquanto o parcelamento no cartão pode mascarar o comprometimento da renda e elevar dívidas sujeitas a juros elevados. Nesse contexto, a amortização de passivos mais caros aparece como etapa relevante antes de novas despesas de consumo.

As obrigações concentradas no início do ano seguinte também exigem planejamento prévio. Destinar parte dos recursos disponíveis em dezembro para despesas previsíveis de janeiro reduz a probabilidade de iniciar 2026 com desequilíbrios financeiros, especialmente em um ambiente em que a maioria das famílias não dispõe de colchão de segurança para absorver choques.

Nogueira também observa que o controle financeiro tende a ser mais efetivo quando traduzido em parâmetros simples de acompanhamento cotidiano. A definição de um limite médio diário de gastos permite ajustes imediatos no comportamento de consumo e facilita a criação de sobras mensais, que, segundo ele, são a base para a formação de reservas financeiras ao longo do tempo.

Por fim, o especialista ressalta que a expectativa de que recursos pontuais resolvam dificuldades estruturais costuma gerar novas fragilidades. Em um cenário de alta incidência de imprevistos, a constituição de uma reserva de emergência aparece como elemento central para reduzir o impacto de choques financeiros, evitar endividamento adicional e preservar o planejamento de médio prazo das famílias.

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