
A Justiça do Maranhão decidiu substituir a prisão preventiva de cinco vereadores do município de Turilândia por prisão domiciliar, após audiência de custódia realizada nesta sexta-feira. Os parlamentares haviam se apresentado voluntariamente à polícia no dia anterior e chegaram a ser encaminhados à Unidade Prisional de Pinheiro.
A medida impõe o cumprimento da prisão em residência, com monitoramento por tornozeleira eletrônica, enquanto prosseguem as investigações que apuram um suposto esquema de corrupção responsável por desviar cerca de R$ 56 milhões em recursos públicos do município.
Foram beneficiados com a decisão os vereadores Gilmar Carlos (União Brasil), Sávio Araújo (PRD), Mizael Soares (União Brasil), Inailce Nogueira (União Brasil) e Ribinha Sampaio (União Brasil), todos alvos da operação conduzida pelo Ministério Público do Maranhão.
Segundo o MP-MA, a conversão da prisão teve como fundamento evitar um vácuo de poder administrativo em Turilândia, uma vez que o prefeito Paulo Curió (União Brasil) permanece preso por decisão judicial. A vice-prefeita e a primeira-dama também tiveram a prisão mantida e foram transferidas para o Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís.
Com a manutenção da prisão do chefe do Executivo municipal, a expectativa é que o presidente da Câmara de Vereadores assuma interinamente a Prefeitura de Turilândia nos próximos dias, conforme determina a legislação vigente para casos de afastamento simultâneo do prefeito e da vice-prefeita.
A operação que investiga o esquema de desvios resultou na expedição de 21 mandados de prisão. Além de agentes políticos, a apuração envolve empresários, servidores públicos, vereadores e o secretário municipal de Agricultura, apontados como integrantes da organização criminosa responsável pela fraude.
As investigações seguem em andamento e novas medidas judiciais não estão descartadas, de acordo com o Ministério Público.