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Morre Brigitte Bardot, atriz que marcou o cinema francês

Atriz e cantora francesa Brigitte Bardot morreu neste domingo, segundo sua fundação

Fonte: Da redação

A atriz e cantora francesa Brigitte Bardot morreu aos 91 anos, conforme informou neste domingo a Fundação Brigitte Bardot. A causa da morte não foi divulgada. A informação foi confirmada por meio de comunicado enviado à Agence France-Presse.

Na nota, a fundação afirmou que Bardot, fundadora e presidente da instituição, encerrou uma trajetória que uniu projeção internacional no cinema e na música a uma dedicação integral à defesa dos animais. Segundo o comunicado, ela optou por abandonar uma carreira consolidada para concentrar sua atuação em causas humanitárias ligadas à proteção animal.

Em outubro, Bardot foi internada em um hospital de Toulon, no sul da França, após ser diagnosticada com uma “doença grave”. Na ocasião, passou por uma cirurgia, recebeu alta e retornou para casa, mas voltou a ser hospitalizada em novembro. Desde então, não haviam sido divulgadas novas informações oficiais sobre seu estado de saúde.

Nascida em Paris em 28 de setembro de 1934, Brigitte Anne-Marie Bardot formou-se em balé clássico no Conservatório Nacional de Música e Dança antes de iniciar sua trajetória artística. Ainda adolescente, começou a trabalhar como modelo e, aos 15 anos, já aparecia em capas de revistas como a Elle. Sua estreia no cinema ocorreu em 1952, no filme A Garota do Biquíni.

O reconhecimento internacional veio em 1956 com E Deus Criou a Mulher, dirigido por Roger Vadim, então seu marido. O filme, marcado por uma abordagem considerada ousada para a época, enfrentou censura nos Estados Unidos e ampliou a projeção da atriz fora da França. Ao longo dos anos seguintes, Bardot consolidou-se como um dos principais símbolos do cinema francês do pós-guerra.

A atriz atuou em mais de 45 filmes e gravou cerca de 70 músicas, tornando-se referência cultural e estética. Sua imagem ficou associada à liberdade sexual feminina e à ruptura com padrões conservadores, o que gerou controvérsias em diferentes países, incluindo críticas de setores religiosos e reações institucionais, como manifestações de repúdio do Vaticano na década de 1950.

Bardot foi casada quatro vezes: com Roger Vadim, Jacques Charrier, Gunter Sachs e Bernard d’Ormale, com quem permaneceu desde 1992. Do casamento com Charrier nasceu seu único filho, Nicolas-Jacques, em 1960. A relação entre mãe e filho foi marcada por distanciamento e só foi retomada décadas depois. A atriz também teve relacionamentos com figuras conhecidas, como Sacha Distel e Warren Beatty.

Em 1973, aos 39 anos, Bardot decidiu deixar o cinema e passou a dedicar-se exclusivamente à causa animal. Em 1986, fundou a Fundação Brigitte Bardot, voltada ao resgate, à proteção e à promoção de campanhas de esterilização. Vegetariana, realizou doações expressivas para projetos de proteção animal em diferentes países e protagonizou ações públicas em defesa dessa agenda.

Apesar do reconhecimento por sua atuação humanitária, Bardot voltou a ocupar o debate público por controvérsias. Em 2004, foi condenada por incitação ao ódio racial em um livro, e seu apoio a figuras da extrema direita francesa, como Marine Le Pen, reacendeu discussões sobre sua imagem e legado.

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